Governança corporativa ganha peso em cenário de risco
Uma pesquisa com empresas e organismos investidores do mercado de capitais detectou aumento da importância da Governança Corporativa em função da crise, o que alinha a administração das empresas com os interesses dos investidores, acionistas e mercados. Segundo o estudo, 73% dos respondentes afirmaram que a abrangência da Governança é um dos fatores importantes na decisão de investimento, facilitando assim o exercício do monitoramento e do controle nas corporações. De acordo com o levantamento, 83% dos investidores consideram fundamental também a existência de política de controle e avaliação de riscos.
A maioria dos profissionais de RI aponta que a adoção de m (76 %) elhores práticas de governança corporativa é um grande desafio a ser incentivado diante do novo contexto econômico. Para 59% deles, os canais e a qualidade da comunicação também têm papel importante, proporcionando e conduzindo transparência aos mercados de ativos corporativos.
Nesse contexto, avalia-se a crescente demanda por transparência onde as empresas precisariam intensificar as várias práticas de governança para se tornarem mais atraentes para seus investidores. De acordo com o estudo, 79% dos investidores informaram que necessitam de canais de informação para avaliar corretamente o valor das companhias presentes em seus portfólios. A adoção de uma política de gestão de riscos por parte das empresas foi apontada como fator extremamente importante. No momento, essa política é adotada por 61% das companhias. Mais da metade dos respondentes sinalizou que um dos objetivos dessa medida é atender às melhores práticas de Governança.
Na avaliação dos investidores, a geração e manutenção de resultados e a liquidez ou fácil negociabilidade dos papéis serão atributos melhor avaliados nas decisões de investimento quando ocorrer a retomada do mercado de capitais. Num cenário para os próximos dois a três anos, os investidores pontuaram algumas expectativas positivas como a retomada do mercado de capitais, a elevação dos investimentos estrangeiros e a disponibilidade do crédito. A maioria acredita que a redução da taxa de juros (87%) se manterá, o que é um sinal para a retomada do crescimento.
A Comunicação vem ganhando espaço cada vez mais estratégico dentro das corporações e sendo encarada como ferramenta extremamente importante na geração de confiança em um cenário de riscos, sendo que 67% dos entrevistados apontaram a comunicação eficaz como fator decisivo. Os profissionais de RI consideram de extrema relevância -para agregação de confiança em um cenário de riscos- a manutenção de um fluxo de informações para os investidores, segundo 56% dos respondentes, e a divulgação de informações relevantes ao mercado em geral, conforme apontado por 54% dos RI's.
Dos RIs que responderam a pesquisa, 81% consideraram relevante o estabelecimento de um plano de comunicação duradouro; 78% a elaboração de informações agregadoras de conhecimento e 78% a centralização das informações e declarações. Os RIs indicam, portanto, a visão de que não basta comunicar, mas de que é preciso levar as informações com eficácia, de forma estratégica e em linha com um plano de comunicação.
Conforme as respostas dos profissionais de RI, as quatro grandes tendências das Relações com Investidores na nova conjuntura econômica são: aperfeiçoamento da Governança Corporativa (63%), aumento da posição estratégica do RI , identificação dos perf (56 %) is dos investidores e segmentos e participação ativa no (57%) enquadramento às novas práticas internacionais contábeis .(54%)
O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e a Deloitte divulgaram o estudo Confiança em um cenário de riscos durante a 11ª edição do Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. Segundo dados da pesquisa, 115 organizações responderam ao questionário: 54 empresas representadas por seus profissionais de RI e 61 organismos investidores.
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