Fazendeiro envolvido na morte de Dorothy Stang senta pela primeira vez no banco réus, nest...

Rancher charged with taking part in the death of Dorothy Stang faces jury this Friday, 30

O acusado ainda não tinha sido julgado por que estava recorrendo em instâncias superiores contra a decisão de ser submetido a júri popular.

(30.04.2010 - 08h30) Sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Fexa o Conselho de Sentença do 2º. Tribunal do Júri da Capital começará a julgar nesta sexta-feira, 30, Regivaldo Pereira Galvão, fazendeiro acusado de encomendar mediante promessa de pagamento, a morte da missionária Doroth Mae Stang. A sessão iniciou as 8h, no plenário do andar térreo do Fórum Criminal de Belém (Cidade Velha), mas, não tem previsão para encerrar, podendo se estender até o dia seguinte. Neste momento, o juiz procede o sorteio dos jurados para a formação do Conselho de Sentença..

Na acusação atua o promotor de justiça Edson Souza, em conjunto os advogados assistentes de acusação, entre eles João Batista Afonso, ligados a Comissão Justiça e Paz da CNBB, Lino Batista (OAB-RJ) e Aton Fon Filho. O promotor é o mesmo que atuou no júri de Vitalmiro Moura (Bida), fazendeiro condenado a 30 anos de cadeia, no último dia 12.04, por também participar do planejamento e execução da missionária.

Está à frente da defesa de Regivaldo Galvão o criminalista Jânio Siqueira, juntamente com o advogado César Ramos, Eles sustentam a tese de negativa de co-autoria. Um dos argumentos da defesa é a de que Galvão não teria mais nenhum interesse no lote 55, do município de Anapú, a mesma área que a missionária defendia junto ao Incra, para implantar um dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS).

No total serão ouvidas 12 testemunhas, sendo sete da acusação e as demais da defesa do fazendeiro. Entre os depoentes da acusação estão Roberta Lee Spire, Clodoaldo Batista, (condenado a 17 anos, que ficou ao lado de Rayfran Sales quando o crime foi cometido), além do delegado da Polícia Federal Ualame Fialho Machado.

Pela defesa serão ouvidos Amair Feijoli Cunha (condenado a 18 anos por intermediar o crime) e sua mulher Elizabeth Cunha, além de Antonio Elídio, técnico do Incra.

Na praça próximo ao Fórum Criminal, local do julgamento, acompanham os trabalhos do julgamento agricultores de vários municípios. Eles estão com barracas de lona preta na praça em frente ao prédio do Fórum, para se abrigarem do sol e da chuva durante o transcorrer da sessão do júri. (Texto: Glória Lima)

The defendant appealed to highest court trying to avoid jury

(April 30, 2010 - 08:30 A.M.) The rancher Regivaldo Pereira Galvão, charged with ordering, under promise of payment, the death of the missionary Dorothy Mae Stang faces trial this Friday 30. Judge Raimundo Moisés Alves Flexa is the president of the jury session. The session started at 8 A.M. in the Court of Belém and may turn to the following day.

Edson Souza along with the attorneys João Batista Afonso (Commission of Justice and Peace of CNBB), Lino Batista (OAB-RJ) and Aton Fon Filho are the prosecutors. Edson Souza is the same prosecutor of the trial of Vitalmiro Moura (Bida), rancher sentenced on April, 12 to 30 years of imprisonment for his role in planning the execution of the missionary.

Jânio Siqueira, who defends Regivaldo Galvão, will support the denial of conspiracy. The defense claims that Galvão had no interest on the plot 55, in Anapu, the same land area the missionary requested to Incra aiming to use in a Project for Sustainable Development (PDS).

Seven prosecuting witnesses and six from the defense will be heard. Among the prosecuting witnesses are Roberta Lee Spire, Clodoaldo Batista, sentenced to 17 years of imprisonment for being with Rayfran Sales when the crime was committed, and the Federal Police Officer Ualame Fialho Machado.

The defense listed as witnesses Amair Feijoli Cunha (sentenced to 18 years of imprisonment for intermediating the crime), his wife Elizabeth Cunha; and Antonio Elídio, from Incra.

Peasants from other cities attend the trial session. They are in a square in front of the Court house where they use some tents to protect them from sun and rain. (by Thelma Lima)