EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS - ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - ABSOLVIÇÃO - NECESSIDADE - ASSOCIAÇÃO ESTÁVEL E PERMANENTE NÃO COMPROVADA - CRIMES DE ROUBO - MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO DO AUTOR E ABSOLVIÇÃO DOS PARTÍCIPES - CORRUPÇÃO DE MENOR - MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO DO RÉU CONDENADO PELOS DELITOS DE ROUBO E ABSOLVIÇÃO DOS DEMAIS - PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA - ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSOS PARCIALMENTE PROVIDOS. 1. Não havendo nos autos elementos suficientes para conduzir à imprescindível certeza da associação estável e permanente de mais de três pessoas, visando à prática de crimes, como exige o artigo 288 do Código Penal , a absolvição é medida que se impõe. 2. Demonstrada a autoria com relação a um dos réus, imperativa é a manutenção da sua condenação; todavia, verificada situação distinta quanto aos partícipes, é de rigor a absolvição. 3. Com base no entendimento pacificado do Superior Tribunal de Justiça, a corrupção de menor é delito formal, ou seja, para que se configure basta que o agente pratique o crime na companhia de menor, independentemente, de ser esse já corrompido, isto é, já no mundo crime, ou mesmo nos casos de não ficar provado que os criminosos adultos corromperam a vida dos seus parceiros menores. 4. Comprovada a posse de arma de fogo com numeração de série raspada, a manutenção da condenação pelo crime previsto no artigo 16 , parágrafo 1º , inciso IV , da Lei nº 10.826 /03, é medida que se impõe.