No modo de produção capitalista, a dominação de classe ocorre de forma sutil, consumando-se nos planos econômico e político. A classe trabalhadora, desprovida dos meios de produção, somente realiza sua liberdade com a venda de sua força de trabalho como mercadoria[1], fato que materializa o valor de troca – expropriado em parte, para garantir o processo de acumulação – e, por conseguinte, possibilita a satisfação das necessidades individuais mediante consumo (apropriação material). Nesse seguimento, destaca-se o fato de que a sociabilidade do capital representa o domínio absoluto das trocas mercantis, onde tudo e todos se equivalem. A forma-mercadoria se torna dominante no momento em que o próprio trabalho se constitui em mercadoria, isto é, passa a ser trocado por um equivalente, com base no “tempo social” de produção[2]. Posteriormente, a dimensão de mercadoria é conferida ao produto do trabalho, o qual passa a ser valorado com base no trabalho humano abstrato[3], além das determinações