TJ-RJ - APELAÇÃO: APL XXXXX20168190211
APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA (INDEX 176), QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS, PARA ADJUDICAR AO PRIMEIRO AUTOR, ESPÓLIO DE IRIS ALEXANDRE DE SOUZA, O IMÓVEL SITUADO À RUA ASA BRANCA, LOTE 11, QUADRA H DO PAL 39.578 - FREGUESIA DE CAMPO - MATRÍCULA Nº 108.607 (R-5-M-108.607 - FLS. 55), CONFORME DOCUMENTOS DE FLS. 37/55, BEM COMO PARA ADJUDICAR AO PRIMEIRO E SEGUNDO AUTORES O IMÓVEL SITUADO À RUA MONSENHOR LADEIRA Nº 46 - CASA 01 - ANCHIETA - RIO DE JANEIRO/RJ, CONDENANDO OS RÉUS AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE 10% SOBRE O VALOR DA CAUSA, OBSERVADA A GRATUIDADE DE JUSTIÇA DEFERIDA À PRIMEIRA RECLAMADA. APELO DA SEGUNDA RÉ AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. De acordo com o princípio da causalidade, arcará com o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios quem deu causa à demanda. Neste sentido, o art. 82 , § 2º , do Novo Código de Processo Civil prevê que ¿a sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou¿. Outrossim, pelo princípio da sucumbência, os honorários advocatícios e o ressarcimento das despesas processuais devem ser suportados pela parte que sucumbiu na demanda. Na hipótese em análise, os Autores propuseram ação de adjudicação compulsória objetivando a adjudicação e a obtenção das escrituras definitivas referentes aos imóveis situados na Rua Monsenhor Ladeira nº 46 - casa 01 ¿ Anchieta, e na Rua Asa Branca, lote 11, quadra H do PAL 39.578 - Freguesia de Campo, sob alegação de que as Rés obstavam a outorga da escritura definitiva. A sentença julgou procedentes os pedidos para adjudicar os imóveis aos Reclamantes, condenando as Requeridas no pagamento dos ônus sucumbenciais. Note-se que não prosperam as alegações da segunda Reclamada. Inicialmente, porquanto não restou comprovado que ¿nunca foi procurada pelos autores, pela inventariante e/ou por qualquer um dos herdeiros para assinar a escritura definitiva do imóvel¿. Ademais, porque não houve expresso reconhecimento pelos Autores, na réplica (index 152), acerca de inexistência de recusa pelas Rés. Os Requerentes apenas afirmaram que, se as Suplicadas, em contestação, não se opuseram ao pedido, estaria prevalecendo o princípio da boa-fé. Todavia, a ação foi proposta e necessária, sobrevindo a procedência dos pedidos, de forma a se concluir que as Demandadas deram causa à propositura da demanda.