TJ-MS - Apelação Cível XXXXX20158120044 Sete Quedas
APELAÇÃO CÍVEL – ANULATÓRIA DE REGISTRO DE NASCIMENTO – PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA, SOB ALEGAÇÃO DE PROVA ADQUIRIDA PELO MP DE FORMA IRREGULAR – REJEITADA – PODER DE REQUISIÇÃO DO MP CONSTITUCIONALMENTE PREVISTO – MÉRITO – DUPLICIDADE DE ASSENTOS – SEGUNDO REGISTRO, FEITO NO BRASIL, EMBASADO EM FALSAS DECLARAÇÕES – PREVALÊNCIA DO PRIMEIRO ATO EFETUADO EM SOLO ESTRANGEIRO – CANCELAMENTO DE REGISTRO CONFIRMADO – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. I – O poder de requisição do Ministério Público encontra supedâneo constitucional (art. 129, VI, CF) e legal (art. 27 da Lei Complementar Estadual n. 72/94), de tal modo que não se vislumbra qualquer ressalva no que tange ao poder requisitório do Ministério Público, pois este constitui prerrogativa imanente à instituição, indispensável para o exercício das funções que lhe são inerentes. II - Se o registro tardio de nascimento obtido em solo brasileiro fora efetivado com fundamento em declarações falsas, o caminho mais escorreito a se seguir é o do reconhecimento de sua nulidade. III – Sentença mantida. Recurso desprovido.