TJ-ES - Habeas Corpus: HC XXXXX20118080000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA TAL FIM. PRISÃO EM FLAGRANTE. CONVERSÃO EM PRISÃO PREVENTIVA. NECESSIDADE. POSSÍVEL LIGAÇÃO DO PACIENTE COM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ENVOLVIDA EM NARCOTRAFICÂNCIA E HOMICÍDIOS. ORDEM DENEGADA. 1. Não há ilegalidade na conversão da prisão flagrancial em preventiva, consoante os ditames dos artigos 312 e 313 do CPP (redação dada pela novel Lei nº 12.403 ⁄2011), haja vista as condições e circunstâncias concretas do flagrante. Na espécie, apesar da pequena quantidade de maconha apreendida, droga com menor potencialidade nociva, as singularidades do caso tornam imperiosa a manutenção da custódia cautelar do paciente, uma vez demonstrada a sua possível ligação com facção criminosa que estaria envolvida no tráfico de entorpecentes e em homicídios motivados pela "guerra" do narcotráfico. 2. Ademais, a autoridade impetrada salientou a ausência de comprovação de ocupação profissional lícita, residência fixa ou mesmo frequência regular a instituição de ensino, corroborando a necessidade de prisão cautelar do paciente (18 anos), por conveniência da instrução processual (a ser ainda iniciada) e eficácia da lei penal (em caso de eventual condenação). 3. Ordem denegada.