E M E N T A DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL E EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NAS DUAS AÇÕES. POSSIBILIDADE. AÇÕES AUTÔNOMAS. OBSERVÂNCIA DO LIMITE DA LEI PROCESSUAL. ISENÇÃO PREVISTA NO ART. 26 DA LEI N.º 6.830 /80. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO. 1. A irresignação da apelante restringe-se a não condenação da exequente ao pagamento de honorários advocatícios. De início, faz-se necessário apresentar um breve relato sobre o ocorrido nos embargos à execução fiscal de n.º XXXXX-09.2011.4.03.6109 (embargos relacionados à presente execução fiscal). Na sentença de embargos à execução fiscal (cópia no ID de n.º 164218285, página 216), verifica-se que os embargos foram julgados procedentes, sendo que a União foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da execução fiscal, com fundamento no art. 85 , § 3º , II , do Código de Processo Civil . Irresignada, a União apresentou recurso de apelação. Através de julgamento realizado no dia 02/09/2020, foi proferido o acórdão (cópias no ID XXXXX, páginas XXXXX-06, julgando parcialmente procedente o recurso de apelação interposto pela União, apenas para que na condenação ao pagamento de honorários advocatícios, seja observada a faixa de valores e o quanto delimitado no § 5º do art. 85 do Código de Processo Civil . Assim, na presente execução fiscal também é devida a condenação ao pagamento de honorários advocatícios. 2. A respeito do tema, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento no sentido de que é cabível a cumulação da condenação em honorários advocatícios em execução fiscal e embargos à execução, desde que observado o limite de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, do proveito econômico ou o valor atribuído à causa, conforme o caso (precedentes do STJ). Desse modo, é cabível a cumulação da condenação em honorários advocatícios em execução fiscal e embargos à execução, desde que observado o limite de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, do proveito econômico ou o valor atribuído à causa, conforme o caso (precedentes deste Tribunal). 3. Desse modo, é devida a condenação da exequente ao pagamento de honorários advocatícios, devendo no somatório das condenações (execução fiscal e embargos à execução fiscal) ser obedecido o limite de 20% (vinte por cento) sobre o valor atribuído à execução fiscal, devidamente atualizado, com a observância da faixa de valores e o quanto delimitado no § 5º do art. 85 do Código de Processo Civil . 4. A jurisprudência desta Terceira Turma é firme no sentido de que a isenção prevista no artigo 26 da Lei 6.830 /80, somente é aplicável quando o executivo fiscal tenha sido extinto sem acarretar despesas ao executado com o exercício do direito de defesa (precedentes da Terceira Turma deste Tribunal). No caso, a parte executada teve que constituir advogado para se defender, tendo, inclusive, praticados atos neste sentido (apresentação de exceção de pré-executividade, conforme cópia no ID de n.º 164218282, páginas XXXXX-47). Conquanto, a referida exceção de pré-executividade não tenha sido acolhida, o certo é que foram praticados atos em defesa da parte executada. Assim, são devidos os honorários advocatícios. 5. Apelação provida, para condenar a exequente ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10 % (dez por cento) sobre o valor atualizado da execução fiscal, devidamente atualizado, com a observância da faixa de valores e o quanto delimitado no § 5º do art. 85 do Código de Processo Civil .