Tribunal de Justiça do Estado da Bahia PODER JUDICIÁRIO QUARTA TURMA RECURSAL - PROJUDI PADRE CASIMIRO QUIROGA, LT. RIO DAS PEDRAS, QD 01, SALVADOR - BA ssa-turmasrecursais@tjba.jus.br - Tel.: 71 3372-7460 Ação: Procedimento do Juizado Especial Cível Recurso nº XXXXX-98.2021.8.05.0244 Processo nº XXXXX-98.2021.8.05.0244 Recorrente (s): ROSEMBERG RODRIGUES NASCIMENTO Recorrido (s): EMBASA DECISÃO MONOCRÁTICA RECURSO INOMINADO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE PREENCHIDOS. O NOVO REGIMENTO DAS TURMAS RECURSAIS, RESOLUÇÃO Nº 02/2021, ESTABELECEU A COMPETÊNCIA DO RELATOR PARA JULGAR MONOCRATICAMENTE MATÉRIAS COM UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA OU ENTENDIMENTO SEDIMENTADO. DEMANDAS REPETITIVAS. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE REPETIÇÃO. PAGAMENTO EM DUPLICIDADE DE FATURA POR EQUÍVOCO DA PARTE AUTORA. SENTENÇA MANTIDA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO NÃO DEMONSTRADA. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Vistos, etc¿ A Resolução nº 02, de 10 de fevereiro de 2021, que instituiu o Regimento Interno das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda Pública do Estado da Bahia e da Turma de Uniformização da Jurisprudência, estabeleceu a competência do relator para julgar monocraticamente matérias com uniformização de jurisprudência ou entendimento sedimentado. Trata-se de ação com pedido de repetição de indébito por PAGAMENTO em duplicidade de mesma fatura, outubro de 2020, cumulada com danos morais. A sentença foi proferida nos seguintes termos: Ante o exposto, sugiro que a ação seja JULGADA IMPROCEDENTE para: 1. Indeferir os pedidos formulados na inicial; 2. Indeferir o pedido de inspeção judicial, pois desnecessária ao julgamento da presente ação. Irresignada, a parte autora interpôs recurso, buscando a reforma da sentença de origem. Assevera a parte autora que efetivou pagamento em duplicidade, referente a Matrícula XXXXX, conforme comprovantes de pagamento, evento 01, documentos 15 e 16, respectivamente. No caso em exame, observa-se que a interrupção do fornecimento ocorreu em virtude de equívoco da parte autora, ao pagar fatura em duplicidade e permanecer inadimplente em relação a outra fatura. Assim, não há abusividade da acionada em realizar a compensação em faturas vincendas. Ante o quanto exposto, por vislumbrar que não merece reforma a decisão recorrida, NEGO PROVIMENTO ao recurso interposto, mantendo a sentença em todos os seus termos. Custas e honorários pelo recorrente em 20% sobre o valor da causa, com exigibilidade suspensa ante a gratuidade deferida. Salvador, 02 de março de 2022. MARY ANGÉLICA SANTOS COELHO Juíza Relatora