EMENTA DO RELATOR: APELAÇÃO CÍVEL - DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS PARA FILHA MENOR - PARTILHA DOS BENS - VEÍCULO - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE O CASAL ADQUIRIU O BEM - IMPOSSIBILIDADE - BENFEITORIAS REALIZADAS NO IMÓVEL - APURAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. 1. Indefere-se a majoração dos alimentos quando não se comprova que o valor é insuficiente para atender às despesas da infante. 2. No regime de casamento submetido à comunhão parcial de bens, os bens amealhados durante a união são presumidamente fruto de aquisição por colaboração mútua e, nessa condição, devem ser considerados propriedade comum do casal, ainda que esteja em nome de um só cônjuge. Ressalvam-se, contudo, as exceções legais de incomunicabilidade a que aludem os artigos 1.659 e 1.661 do Código Civil . 3. Na fase de conhecimento da ação de divórcio litigioso c/c partilha, a sentença decreta o divórcio e efetua a partilha dos bens e direitos adquiridos no curso do casamento, reconhecendo o percentual que cada cônjuge possui sobre cada bem. 4. Realizada a partilha, é na fase de liquidação que será apurado o valor dos bens. Quando móveis, serão divididos na fase de cumprimento de sentença e, quanto aos bens imóveis, através da ação de extinção de condomínio, oportunidade em que serão decididas eventuais compensações financeiras ou exercitado o direito de preferência sobre bens imóveis. EMENTA PARCIAL DO VOGAL: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS PARA FILHA MENOR. ALIMENTOS CALCULADOS SOBRE A RENDA LÍQUIDA DO ALIMENTANTE. MANUTENÇÃO DO PERCENTUAL. RENDIMENTOS LÍQUIDOS. CONCEITO. PRIMEIRO RECURSO PROVIDO. DEMAIS TESES COM O RELATOR. O rendimento líquido do alimentante é aquele assim considerado após as deduções referentes aos descontos obrigatórios (IRRF e INSS), e nele não computáveis as verbas de natureza indenizatória, tais como verbas rescisórias, FGTS, PRL, diárias, prêmios ou bônus, decota ndo da decisão recorrida estas últimas. V.V. ALIMENTOS CALCULADOS SOBRE A RENDA LÍQUIDA DO ALIMENTANTE. Os alimentos devidos à filha menor, fixados sobre a renda líquida do alimentante, devem incluir todas as parcelas que compõem a remuneração do genitor, excluindo-se no cálculo os descontos obrigatórios de INSS e IRPF.