APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, CORPORAIS E ESTÉTICOS CAUSADOS EM ACIDENTE DE TRÂNSITO – JUSTIÇA GRATUITA EM FAVOR DO REQUERIDO/RECORRENTE – CONCEDIDA – ILEGITIMIDADE PASSIVA - NÃO APRECIAÇÃO PELA PRECLUSÃO - CUNHADO ARROLADO COMO TESTEMUNHA – IMPEDIMENTO CONFIRMADO – TESTEMUNHA SEM INTERESSE NO DESFECHO DA CAUSA – COMPROMISSO MANTIDO – CONTRADITA AFASTADA - VALOR DA INDENIZAÇÃO MORAL/CORPORAL - MAJORADO - DANO ESTÉTICO – QUANTIA INALTERADA – RECURSO DO REQUERIDO, CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO – SÚPLICA DA AUTORA, ANALISADA E PROCEDENTE PARCIALMENTE. Concede-se a justiça gratuita em favor do demandado/recorrente, ante a comprovação da sua hipossuficiência. Deixa-se de conhecer da alegação da ilegitimidade passiva, sob a tese de que o requerido teria vendido o automóvel envolvido no acidente, porquanto rejeitada por esta Corte quando do exame do agravo de instrumento, assim prevalecendo sem que o mesmo se insurgisse contra. Confirma-se o impedimento do cunhado do réu, ser testemunha, em atenção ao disposto no artigo 447 , § 2º , do CPC , cumulado com art. 1.595 , § 1º , do Código Civil . Afasta-se a contradita de testemunha sem interesse no desfecho da causa. Outrossim, considerando-se que foi a mesma ouvida na audiência, como informante, não há se falar em cerceamento de defesa, inclusive, face à existência de perguntas formuladas por ambas as partes litigantes. No tocante ao valor da condenação da indenização por danos morais/coporais e estéticos, é sabido que, na fixação das suas quantias, o magistrado deve pautar-se nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, além de ponderar a gravidade dos fatos, a repercussão da ofensa e a situação econômica das partes. Assim, deve ser mantida a quantia da reparação estética, frente à sua correta mensuração. No que concerne ao importe da indenização moral/corporal, é necessária a majoração para montante que amenize, efetivamente, os sofrimentos da vítima do acidente, em especial, por ser submetida a cesariana de natimorto, por tal fato.