Poder Judiciário Tribunal de Justiça da Paraíba Des. Joás de Brito Pereira Filho Processo nº: XXXXX-62.2018.8.15.2002 Classe: APELAÇÃO CRIMINAL (417) Assuntos: [Roubo Majorado] APELANTE: ANDRE DA SILVA LIMA , JOSE JORGE DE SOUSA NETO , MASTROIANNI LEONEL SANTOS , MICHEL SILVA LISBOA , YARGO HERMANN CÂMARA DE SOUZAREPRESENTANTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA PARAIBA - Advogado do (a) APELANTE: THIAGO BEZERRA DE MELO - PB23782-A Advogado do (a) APELANTE: NATANAELSON SILVA HONORATO - PB21197-A Advogados do (a) APELANTE: SUELAINE SOUZA GUEDES - PB24796-A, ALTAMAR CARDOSO DA SILVA - PB16891-A Advogado do (a) APELANTE: CAIO LUCENA DE LEMOS - PB11564-A APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA - PGJ 09.XXXXX/0001-80REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAIBA - PGJ EMENTA ROUBO MAJORADO . AUTORIA E MATERIALIDADE EVIDENCIADAS. CONDENAÇÃO. INCONFORMISMO DA S DEFESA S . 1ª PRELIMINAR: NULIDADE DA CAUTELAR DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. PROCEDIMENTO FUNDAMENTADAMENTE AUTORIZADO PELO JUÍZO. OBSERVÂNCIA DO REGRAMENTO PREVISTO NA LEI 9.296 /96. INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADES. REJEIÇÃO. 2ª PRELIMINAR: INAPLICABILIDADE DA CAUSA DE AUMENTO PREVISTA NO § 2º-A, I, DO ART. 157 DO CP . EMPREGO DE ARMA DE FOGO DEVIDAMENTE CONFIGURADO NA CONDUTA. MAJORANTE DE APLICAÇÃO IMPOSITIVA. REJEIÇÃO. 3ª PRELIMINAR: NULIDADE DO RECONHECIMENTO DOS RÉUS. AUSÊNCIA DE VÍCIOS. RECONHECIMENTO RATIFICADO EM JUÍZO. CONDENAÇÃO, ADEMAIS, DECORRENTE DE OUTROS ELEMENTOS AMEALHADOS AO PROCESSO. REJEIÇÃO. MÉRITO. ALEGADA FRAGILIDADE DA PROVA. NÃO EVIDENCIAÇÃO. CONJUNTO PROBATÓRIO HARMÔNICO. PENA. ALEGADA EXACERBAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. DEVIDA OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO TRIFÁSICO. PRESENÇA DE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS CORRETAMENTE SOPESADAS EM DESFAVOR DOS ACUSADOS. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO DO S APELO S , EM HARMONIA COM O PARECER MINISTERIAL. 1. Não há que se declarar nulidade de cautelar de quebra dos dados telemáticos dos acusados quando a diligência foi precedida de autorização judicial devidamente fundamentada, tendo sido observado o regramento próprio previsto na lei 9.296 /96, estando, por isso, isenta de qualquer irregularidade. 2. Evidenciado o emprego de arma de fogo no assalto praticado pelos agentes, impositiva a incidência da causa de aumento prevista no art. 157 , § 2º-A, I do CP . 3. Inviável falar em irregularidade do reconhecimento dos réus se estes foram precisamente reconhecidos pelas vítimas e testemunhas em juízo, sob o crivo do contraditório, tendo a condenação resultado também de outros elementos colhidos nos autos. 4. Suficientemente comprovada a prática do delito de roubo major ado pelo concurso de agentes e emprego de arma de fogo , inadmissível o acolhimento do pleito de absolvição. 5. Tendo sido plenamente observado o sistema trifásico de aplicação da pena, justifica-se a fixação da sanção acima do mínimo legal, quando suficiente para reprimir a conduta praticada, mormente se considerada a incidência de circunstâncias judiciais corretamente sopesadas em desfavor dos acusados. 6. Apelo s desprovido s , em harmonia com o parecer ministerial.