PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA Segunda Câmara Cível Processo: AGRAVO INTERNO CÍVEL n. XXXXX-37.2016.8.05.0032 .2.AgIntCiv Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível ESPÓLIO: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA Advogado (s): ESPÓLIO: MUNICIPIO DE BRUMADO e outros Advogado (s):TAHISE TANAJURA COTRIM ACORDÃO AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE REJEITOU OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HONORÁRIOS DEVIDOS À DEFENSORIA. MESMO ENTE PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1 - Trata-se de Agravo Interno interposto pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA, em face da decisão monocrática (Id n. XXXXX) que rejeitou os embargos interpostos pela Agravante.. 2 - Em suas razões recursais, defende a Agravante que “(...) não paira dúvida alguma de que a Defensoria Pública tem o direito de receber verbas sucumbenciais, independentemente de quem as deve, nos termos do disposto no art. 4º , inciso XXI na Lei Complementar Federal nº 80 /1994, incluído pela Lei Complementar nº 132 /09 qualquer decisão em sentido contrário viola frontalmente tal dispositivo.” 3 - Com efeito, e sem maiores delongas, a questão já foi dirimida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do Recurso Especial nº 1.108.013/RJ , submetido ao regime dos recursos repetitivos, tendo fixado a tese de que são devidos honorários advocatícios quando a Defensoria Pública atuar contra ente federativo diverso daquele que ela é integrante, como no caso dos autos. 4 - De igual forma, o STJ vem adotando o mesmo posicionamento em julgados mais recentes, inclusive após as reformas constitucionais que afetou a disciplina das defensorias públicas. 5 - Ou seja, "os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual pertença." (Súmula 421 /STJ), mas "Reconhece-se à Defensoria Pública o direito ao recebimento dos honorários advocatícios se a atuação se dá em face de ente federativo diverso do qual é parte integrante." 6 - Assim, o Estado da Bahia não deve ser condenado ao pagamento dos honorários advocatícios, sobretudo quando a matéria encontra-se assentada na Corte Superior. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno nº XXXXX-37.2016.8.05.0032.2, de Brumado/Ba, em que figura como Agravante DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA, e Agravado ESTADO DA BAHIA. ACORDAM os Desembargadores integrantes da Segunda Câmara Cível, à unanimidade, em CONHECER e NEGAR PROVIMENTO, ao Recurso de Agravo Interno, mantendo-se a Decisão agravada, pelas razões adiante expostas no voto da Relatora, Drª Maria do Rosário Passos da Silva Calixto, Juíza de Direito Substituta de 2º Grau. Salvador, . PRESIDENTE MARIA DO ROSÁRIO PASSOS DA SILVA CALIXTO JUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTA DE 2º GRAU – RELATORA PROCURADOR (A) DE JUSTIÇA MR22