PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO. EXTORSÃO. RECEPTAÇÃO. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA CULPA. INEXISTÊNCIA. LIBERDADE PROVISÓRIA JÁ CONCEDIDA A PACIENTE LARISSA SOUZA CHAGAS PELO JUÍZO A QUO. AUDIÊNCIA PRÓXIMA. ATRASO NA APRESENTAÇÃO DE DEFESA PRELIMINAR. DEMORA PROVOCADA PELA DEFESA. SÚMULA 64 DO STJ. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO FACE AO PACIENTE JORGE LEANDRO DO NASCIMENTO . WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E NA EXTENSÃO CONHECIDA ORDEM DENEGADA. 1. No que tange a paciente Larissa Souza Chagas , já foi concedida a liberdade provisória da mesma pelo juízo de origem, condicionada a apresentação de documentos em seu favor, entretanto, até o presente momento nada foi juntado aos autos. Dessa forma, não há que se falar em excesso de prazo para formação da culpa, restando prejudicado o pleito nesse sentido. 2. Quanto ao paciente Jorge Leandro do Nascimento , a alegação de constrangimento ilegal por demora excessiva para o encerramento da instrução não encontra suporte nos autos, eis que o interstício verificado, pelo menos até o presente momento, enquadra-se nos padrões da sensatez, restando intacto o princípio da razoável duração do processo assinalado no inciso LXXVIII, do art. 5º da Constituição Federal . 3. O feito tem curso aceitável, sendo que o maior prazo para o início da instrução decorre da demora na apresentação da defesa preliminar por parte da defesa, visto que a última resposta à acusação só foi juntada em 20.11.2019. 4. A responsabilidade pela demora não pode ser imputada ao Judiciário, aplicando-se ao caso em análise o enunciado da Súmula nº 64 do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual "não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução provocado pela defesa." 5. Ordem parcialmente conhecida e, na extensão denegada. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer parcialmente do writ e na extensão conhecida pela denegação da ordem, nos termos do voto da Relatora. Fortaleza, 17 de dezembro de 2019. DESA. LÍGIA ANDRADE DE ALENCAR MAGALHÃES Relatora