AGRAVO ¿ EXECUÇÃO PENAL ¿ PROGRESSÃO AO REGIME PRISIONAL ABERTO, NA MODALIDADE DOMICILIAR, POR MOTIVOS HUMANITÁRIOS ¿ INSURREIÇÃO DEFENSIVA DIANTE DO INDEFERIMENTO DE P.A.D. EM FACE DE APENADO QUE, ALÉM DE NÃO OSTENTAR REQUISITO OBJETIVO E SE ENCONTRAR EM REGIME PRISIONAL FECHADO, DEIXOU DE CABAL E DOCUMENTALMENTE COMPROVAR SER PORTADOR DAS ALEGADAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE SAÚDE E CONSISTENTES EM HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE, E DE MODO A INTEGRÁ-LO EM GRUPO DE RISCO VINCULADO AO ESTADO PANDÊMICO PROVOCADO PELO COVID-19, PANORAMA DE EMBASAMENTO AO PLEITO DE NECESSIDADE DA INCIDÊNCIA À ESPÉCIE DO ART. 117 DA L.E.P. , EM ANALOGIA AO DISPOSTO PELA SÚMULA VINCULANTE Nº 56 DO PRETÓRIO EXCELSO, BEM COMO EM OBSERVÂNCIA À RECOMENDAÇÃO Nº 62/2020 DO C.N.J., RESPECTIVAMENTE NO PENÚLTIMO PARÁGRAFO DE FLS. 21, ANTEPENÚLTIMO PARÁGRAFO DE FLS. 22 E TERCEIRO PARÁGRAFO DE FLS. 18, VISANDO A INTEGRAL REVERSÃO DO QUADRO NOTICIADO ¿ IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO RECURSAL DEFENSIVA ¿ IRRETOCÁVEL SE MOSTROU A DECISÃO ATACADA, POR SEUS PRÓPRIOS E SUFICIENTES FUNDAMENTOS (TERCEIRO, QUARTO, QUINTO, SEXTO PARÁGRAFOS DE FLS. 05 E, PRINCIPALMENTE SEGUNDO, TERCEIRO, QUARTO E QUINTO PARÁGRAFOS DE FLS. 06), INCLUINDO TANTO A MANIFESTA INSUFICIÊNCIA DOCUMENTAL DE COMPROVAÇÃO DA ALEGADA CONDIÇÃO DE FRAGILIZAÇÃO FÍSICA SUSCITADA, PORQUE AUSENTES OS IMPRESCINDÍVEIS LAUDOS MÉDICOS QUE JUSTIFICASSEM, DE FORMA CABAL, A EXCEPCIONALIDADE DA DEMANDA QUANTO À INDISPENSABILIDADE DO TRATAMENTO DOMICILIAR, COMO TAMBÉM A PACÍFICA ORIENTAÇÃO ADOTADA A RESPEITO PELA CORTE CIDADÃ, O QUE, ALIÁS, NÃO PASSOU DESPERCEBIDO PELA ATENTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA, SEGUNDO O TEOR DO SEGUNDO, TERCEIRO, QUARTO E QUINTO PARÁGRAFOS DE FLS. 46, DO RESPECTIVO PARECER MINISTERIAL, CUJOS TERMOS ORA SE ADOTA, ENQUANTO RAZÕES DE DECIDIR: ¿EM QUE PESE A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE PRISÃO DOMICILIAR A CONDENADOS EM REGIME DIVERSO DO ABERTO, COMO EXCEPCIONALIDADE AO PREVISTO NO ARTIGO 117 , II , DA L.E.P. , EM ATENDIMENTO A PRINCÍPIOS HUMANITÁRIOS, ESTÁ A BENESSE SUJEITA À COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA GRAVIDADE DO QUADRO DE SAÚDE E CUJO TRATAMENTO SEJA IMPOSSÍVEL NO ÂMBITO PRISIONAL, O QUE NÃO SE VISLUMBRA NO CASO VERTENTE. NESTE SENTIDO, CUMPRE DESTACAR QUE A RECOMENDAÇÃO N.º 62/2020 DO CNJ DE FORMA ALGUMA PERMITIU A CONCESSÃO DA PRISÃO ALBERGUE DOMICILIAR SOB O FUNDAMENTO GENÉRICO DA PANDEMIA, MAS EXIGIU A AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DA SITUAÇÃO DE CADA APENADO. NESSA ESTEIRA DECIDIU O EMINENTE MINISTRO JOEL ILAN PACIORNIK, DA QUINTA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NOS AUTOS DO AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS N.º 587.693/MG, JULGADO EM 04/08/2020 E PUBLICADO NO DJE DE 10/08/2020, QUE CONSIGNOU QUE `O RISCO TRAZIDO PELA PROPAGAÇÃO DA DOENÇA NÃO É FUNDAMENTO HÁBIL A AUTORIZAR A REVOGAÇÃO AUTOMÁTICA DE TODA CUSTÓDIA CAUTELAR, OU SUA SUBSTITUIÇÃO POR PRISÃO DOMICILIAR, SENDO IMPRESCINDÍVEL, PARA TANTO, CONFORME RESSALTADO PELO ILUSTRE MIN. REYNALDO SOARES DA FONSECA, A COMPROVAÇÃO DOS SEGUINTES REQUISITOS: "A) SUA INEQUÍVOCA ADEQUAÇÃO NO CHAMADO GRUPO DE VULNERÁVEIS DO COVID-19; B) A IMPOSSIBILIDADE DE RECEBER TRATAMENTO NO ESTABELECIMENTO PRISIONAL EM QUE SE ENCONTRA; E C) RISCO REAL DE QUE O ESTABELECIMENTO EM QUE SE ENCONTRA, E QUE O SEGREGA DO CONVÍVIO SOCIAL, CAUSA MAIS RISCO DO QUE O AMBIENTE EM QUE A SOCIEDADE ESTÁ INSERIDA¿¿ ¿ DESPROVIMENTO DO AGRAVO DEFENSIVO.