EXECUÇÃO FISCAL. VALOR IRRISÓRIO. EXTINÇÃO DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. PORTARIA MF Nº 75/2012. INAPLICABILIDADE. 1. "O Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do Recurso Especial nº 1.208.935/AM , sob o regime do recurso representativo da controvérsia (Art. 543-C do CPC ), firmou o entendimento no sentido de que não pode o magistrado, de ofício, pronunciar a remissão, analisando isoladamente o valor cobrado em uma execução fiscal, sem questionar a Fazenda sobre a existência de outros débitos que somados impediriam o contribuinte de gozar do benefício. A Portaria MF n. 75, de 22/03/2012, alterada pela Portaria MF n. 130, de 19/04/2012, em seus artigos 1º e 2º, dispõe que o procedimento correto é o arquivamento dos autos, sem baixa na distribuição, enquanto o débito não alcance o mínimo legal e somente mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional" ( AC XXXXX-57.2017.4.01.9199/GO , Rel. Desembargador Federal José Amilcar Machado, Sétima Turma, e-DJF1 de 17/03/2017). 2. No entanto, a Portaria MF nº 75/2012 não se aplica ao apelante, conforme já reconheceu este egrégio Tribunal, verbis: "o Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento no sentido de que as execuções fiscais de crédito de autarquia federal promovidas pela Procuradoria-Geral Federal para cobrança de débitos iguais ou inferiores a R$ 10 mil não devem, com base no art. 20 da Lei 10.522 /2002, ter seus autos arquivados sem baixa na distribuição, tendo em vista que o comando inserido no referido artigo refere-se unicamente aos débitos inscritos na Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional" ( AC XXXXX-81.2009.4.01.3400 / BA , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO, SÉTIMA TURMA, e-DJF1 de 03/02/2017). 3. Apelação provida.