EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS - RECURSO DA DEFESA - PRELIMINAR - NULIDADE DA PROVA PERICIAL - INOCORRÊNCIA - MÉRITO - ABSOLVIÇÃO PELA AUSÊNCIA DE PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS - DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS EM PERFEITA CONSONÂNCIA COM O ACERVO PROBATÓRIO - CONDENAÇÃO MANTIDA - RECURSO MINISTERIAL - REQUISITOS DO ART. 33 , § 4º , DA LEI DE DROGAS NÃO PREENCHIDOS - MINORANTE DECOTADA. Inexistindo qualquer indício de irregularidade no exame pericial realizado nas substâncias entorpecentes apreendidas e não tendo a defesa trazido aos autos qualquer elemento a corroborar suas alegações, ônus que lhe incumbia, deve ser rejeitada a tese de nulidade da prova. Os depoimentos dos policiais responsáveis pela apreensão das drogas, não contraditados, aliados ao exame detido das demais provas coligidas, são suficientes para a condenação, em conformidade com o sistema do livre convencimento motivado. A ausência de apenas um dos requisitos da minorante prevista no art. 33 , § 4º , da Lei nº 11.343 /06, configura causa obstativa à concessão do benefício. V.V.P. APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS - PRIVILÉGIO - DECOTE - IMPOSSIBILIDADE - PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ARTIGO 33 , § 4º , DA LEI 11.343 /06. Meras notícias que o acusado se dedica a atividades criminosas não têm o condão de obstar, por si só, o tráfico privilegiado. Deve ser mantida a benesse do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas ao réu que preenche os requisitos legais.