700 homens do Exército darão apoio em operação da Rocinha
Ministro disse que o Rio é um ‘doente na UTI com hemorragias, fraturas e cirrose’
BRASÍLIA - Setecentos agentes do Exército devem chegar à Rocinha ainda na tarde desta sexta-feira. O número foi anunciado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, após reunião com o presidente Michel Temer. Jungmann disse ainda que o Rio é um doente na UTI com "hemorragias, fraturas e cirrose".
— Você tem um doente na UTI. Ele tem fraturas, hemorragia interna e também uma cirrose. Você vai segurar a hemorragia ou a cirrose? A cirrose é estrutural, a hemorragia é a urgência — afirmou o ministro, quando perguntado por jornalistas se o Rio não necessitava de uma ação estrutural no combate à violência.
Jungmann declarou ainda que o cerco das Forças Armadas na comunidade começa a partir das 15h. Segundo ele, a medida é para que as polícias locais possam subir o morro e “fazer o enfrentamento” dos traficantes.
Na manhã desta sexta-feira, o clima de guerra na Favela da Rocinha se acirrou. Houve intenso tiroteio no acesso à comunidade, que levou ao fechamento da Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado. Um ônibus foi queimado. Com isso, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário estadual de Segurança, Roberto Sá, pediram apoio das Forças Armadas ao Comando Militar do Leste (CML).