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14 de Junho de 2024

A tragédia do voo Varig 797: a queda na África em 1987

Publicado por Espaço Vital
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O voo Varig 797 foi um voo feito por um Boeing 707 entre Abidjan, na Costa do Marfim e o Rio de Janeiro. Seria o último voo feito por um Boeing 707 na Varig. A aeronave PP-VJK já havia sido vendida para a União Federal e seria entregue na semana seguinte.

O avião decolou do aeroporto Port Bouet na madrugada de 3 de janeiro de 1987 e cerca de 20 minutos depois, a cerca de 200 km de Abidjan, soou o alarme de fogo no motor nº 1. Sumário do caso

* Data: 3 de Janeiro de 1987
* Causa: Falha em um dos motores
* Local: Aeroporto Port Bouet, Abidjan, Costa do Marfim
* Destino: Aeroporto Internacional do Galeão, Rio de Janeiro, Brasil.
* Passageiros: 39
* Tripulantes: 12
* Mortos: 50
* Sobrevivente: 1
* Aeronave: Boeing 707- PP-VJK, em operação desde 1968, fazia sua última viagem com a bandeira da Varig, pois já estava vendido para a Presidência da República (Brasil).

Um dia antes, na viagem de ida, o mesmo alarme havia soado e a equipe de mecânicos da Air Afrique (companhia que fazia manutenção para a Varig) havia constatado que se tratava de um alarme falso.

Mesmo assim, o comandante, Júlio César Carneiro Corrêa, alertado pelo alarme, decide retornar a Abidjan.

O engenheiro de voo, Eugênio Cardoso, nota que a temperatura do combustível no motor está muito alta e, em seguida, o comandante o desliga por precaução. Logo depois, um comissário de bordo entra na cabine e diz que um passageiro viu fogo em um dos motores.

Minutos depois, o avião já sobrevoa Abidjan de volta. A torre do aeroporto oferece a pista 03 para o pouso, mas o comandante decide colocar a proa em direção à pista 21, que, apesar de exigir uma manobra maior para o pouso, possui instrumentos de aproximação.

O comandante também decide pousar sem flaps e sem baixar os trens de pouso, provavelmente devido à diferença de potência entre os dois lados causada pelo desligamento do motor nº 1.

Com os flaps recolhidos, o avião precisa permanecer em maior velocidade para que não haja estol. O alarme de estol soa na cabine, devido ao fato do avião fazer uma curva para a esquerda. É justamente o lado em que o avião possui menor sustentação.

A aeronave inclina rapidamente para a esquerda e, após curvar mais de 90 graus, voando a cerca de 400 km/h, cai e explode pouco antes de chegar à cabeceira da pista.

Dois passageiros sobrevivem ao impacto e à explosão. Um deles, o professor da Universidade da Costa do Marfim Neuba Yessoh escapou quase ileso, com queimaduras em menos de 20% do corpo.

O outro, o britânico Ahmad Wansa, gravemente ferido, acabou morrendo quatro dias depois a bordo de um avião, quando se dirigia a Paris para tratamento.

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