A trollagem do aplicativo Tubby e o ponto cego do Direito
O que você é capaz de fazer quando não está sendo vigiado por ninguém? Esta pergunta, também feita em uma música do Capital Inicial, assume especial relevância se considerarmos os diversos mecanismos de controle social responsáveis pela vigilância ininterrupta dos cidadãos nos dias de hoje. Ela também coloca, implicitamente, o ponto cego do Direito e, de certo modo, explica todo o alvoroço gerado em torno dos polêmicos aplicativos Lulu e Tubby, que envolvem liberdade de expressão, privacidade, anonimato e (ir) responsabilidade.
A trollagem do aplicativo Tubby
Nesta sexta-feira (6/12), não houve o tão esperado lançamento do Tubby. Para quem não esteve conectado nos últimos dias, o Tubby seria um aplicativo vinculado ao Facebook que permitiria aos homens avaliarem, anonimamente, o desempenho sexual das mulheres, atribuindo-lhes notas de zero a dez, mediante o uso de hashtags. Na verdade, o Tubby seria uma resposta ao Lulu aplicativo lançado nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil, onde já foram ajuizadas as primeiras ações indenizatórias mediante o qual as mulheres podem dar notas aos homens, utilizando a mesma sistemática.
O pré-lançamento do referido aplicativo causou uma grande polêmica com seu slogan: sua vez de descobrir se ela é boa de cama. No site do aplicativo, havia inclusive uma contagem regressiva para o lançamento. Entre as hashtags que foram divulgadas constavam: #CurteTapas, #EngoleTudo, #SoMeCustouUmCinema, #ComiPorEducacao, #DaDePrimeira, #SoPareceSanta, #GemeBaixinho etc.
Segundo divulgado, o aplicativo vincularia automaticamente todas as usuárias do Facebook, de maneira que as mulheres que não quisessem participar deveriam se descadastrar, removendo sua conta. Centenas de milhares caíram nesta e efetuaram o pro...
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