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6 de Maio de 2024

Advogado desiste da profissão após cruzar com assassino do pai na rua

Rafael Guimarães, que atuou como assistente de acusação no caso, fez um desabafo no Facebook: "Eu achei que era forte, mas desisto"

há 8 anos
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— A partir de hoje não sou mais advogado.

O relato de um advogado desiludido com as leis do país está repercutindo imensamente na internet.

O advogado Rafael Guimarães, de 32, resolveu desistir da advocacia em seu primeiro caso, tamanha a frustração que sentiu com o desfecho momentâneo de sua tramitação. Rafael estava atuando, como assistente de acusação, ao lado do MP, na tentativa de condenar Guilherme Antônio Nunes Zanoni.

Guilherme havia sido preso em flagrante por matar o pai de Rafael, Oscar Vieira Guimarães Neto.

Rafael ficou revoltado ao cruzar, na última segunda-feira, com o assassino confesso de seu pai, liberado do Presídio Central por um habeas corpus.

Vejam o relato dele, publicado no facebook:

Os desembargadores do Tribunal de Justiça atenderam o pedido da defesa de Zanoni, que também é advogado, e concederam o habeas corpus porque ele deveria ficar preso em uma sala com instalações e comodidades adequadas a alguém com Ensino Superior — a chamada de "Sala de Estado Maior". Como tal sala não existe em Porto Alegre, Zanoni passou a ficar em prisão domiciliar.

Na sexta ele foi liberado e na 2ª feira ele cruzou na rua com Rafael, filho da vítima.

A vítima, Oscar Vieira Guimarães Neto, era o síndico do edifício Santa Eulália, em Porto Alegre. No dia 5 de novembro de 2015 foi morto a facadas por Zanoni, possivelmetne por causa das frequentes discussões que tinham. O Ministério Público, com ajuda do filho e advogado Rafael Guimarães, denunciou Zanoni à Justiça por homicídio triplamente qualificado.

Confiram a entrevista que Rafael Guimarães deu para a Rádio Gaúcha - Entrevista de Rafael Guimarães

Abaixo, a imagem do momento da prisão de Guilherme Antônio Nunes Zanoni.

Um dia depois de ter publicado seu relato, o texto já contava com 9.420 compartilhamentos e 23 mil curtidas. Mesmo após tamanha repercussão, ele garante que não mudou de ideia:

— Estou desanimado, cansado, pensando seriamente em fazer outra coisa, pois Direito e Justiça são coisas diferentes. Sou músico há muitos anos, talvez siga nesse caminho. Mas não sei. Estou repensando minha vida.

Com informações do Diário Catarinense.

Disponível em: portalexamedaordem

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