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4 de Maio de 2024

Advogado é executado na frente da filha de um ano, em Caruaru

A morte de André Ambrósio Ribeiro, 46 anos, ocorrida no Loteamento Itamaraty, por volta das 17h, foi registrada por uma câmera de segurança

Publicado por Marlon Gasparin
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Um advogado trabalhista foi executado diante da filha de 1 ano e 6 meses, na tarde dessa quinta-feira (12), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A morte de André Ambrósio Ribeiro, 46 anos, ocorrida no Loteamento Itamaraty, por volta das 17h, foi registrada por uma câmera de segurança.

Nas imagens, é possível ver a vítima estacionando o carro na casa da ex-esposa, retirando a criança do banco de trás e a abraçando, enquanto a babá também desce do veículo. Com a menina nos braços, o advogado é abordado por um homem empunhando uma arma. Em seguida, ele entrega a filha nos braços da babá e ajoelha-se, calmamente, na calçada. No chão, com a filha ainda nas proximidades, André é atingido por cinco disparos de arma de fogo.

O perito Cleomarcio Miguel descartou a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). “Com a vítima, além dos pertences, havia pouco mais de R$ 1 mil, caracterizando que o crime não pode jamais ter sido latrocínio, mas execução sumária”, destacou.

Na noite de quinta-feira (12), por telefone, o presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte, disse estar indignado com o crime. “Foi chocante, execução em via pública. Uma cena que lembra a ação do Estado Islâmico, a pessoa ser obrigada a se ajoelhar para ser sumariamente executada.”

Segundo ele, a Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da instituição vai acompanhar as investigações do caso. “Vamos verificar se há ligação com a atividade profissional exercida, sendo confirmado, aumentará nossa perplexidade com o crime".

Fonte: OPOVO online, disponível em https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2018/07/advogadoeexecutado-na-frente-da-filha-em-caruaru.html


O PORTE DE ARMA PARA ADVOGADO


Casos como este, envolvendo a execução sumária de advogados, não chegam a ser novidade. Muito pelo contrário, são cada dia mais comuns e, diferentemente do que muita gente pensa, não envolvem especificamente advogados criminalistas. NO caso acima, por exemplo, se trata de advogado trabalhista.

Normalmente o crime é praticado por alguma parte que ficou insatisfeita com o resultado de algum processo, e envolve todas as área da advocacia, até mesmo áreas administrativas, tributárias ou previdenciárias, haja vista que muitas vezes o autor é o próprio cliente do advogado, que ficou inconformado com o resultado e julga ser o advogado o responsável pelo insucesso e eventual sucumbência, por exemplo.

Diante do quadro alarmante, novamente vem à tona o já velho, conhecido e exaustivamente debatido porte de arma do advogado.

Estacionado a muitos meses na CCJ, o PL 704/2015, de autoria do deputado Ronaldo Benedet, que garante o porte de arma para defesa pessoal do advogado, aguarda pauta para votação, sem a menor previsão para que isso ocorra.

O QUE PODE SER FEITO?

Além de exigir providências (o que certamente a OAB fará), precisamos mais do que nunca pressionar o presidente da CCJ para que coloque a votação em pauta. Já foram feitas algumas mobilizações, como envio de e-mails ao relator, sem muito sucesso.

Vale lembrar que mesmo quem não deseja portar uma arma deve aderir à campanha, pois, ainda que não queira portar agora, pode ser que no futuro sinta essa necessidade de se proteger, e nesse momento será muito oportuno ter o mesmo direito e prerrogativa já concedidos a magistrados e membros do MP.

Uma ação muito interessante para pressionar a CCJ a pautar a votação do PL 704/2015 é através de um canal disponível no site da própria CCJ, chamado de “PEDIDO DE PAUTA”, e é acessível à qualquer cidadão.

COMO PEDIR PARA PAUTAR O PL 704/2015?

Você deve acessar o site da CCJ da Câmara dos deputados (http://www2.câmara.leg.br) e clicar na Aba “Pedido de pauta e Relatoria”, no lado direito da tela, ou pode clicar diretamente no seguinte link:

https://form.jotformz.com/72813573891667

Clicando nesse link, você irá direto para o formulário de pedido de pauta, que é simples e breve, como na foto abaixo:

Após Enviar, você verá a mensagem de confirmação:

E, no seu email, receberá a seguinte informação:

Pronto. Você ajudou a pressionar a CCJ a pautar a votação. Se todos votarmos e compartilharmos essa informação, em breve a CCJ receberá tantos pedidos de pauta dessa proposição que, certamente, passarão a olhar o PL 704/2015 com outros olhos.

Grato pela atenção e espero contar com o apoio dos colegas. Tb gostaria de saber sua opinião a esse respeito.

Att

Marlon Gasparin

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