Alvo de ação do STF, advogado tem críticas a ministros, Moro, Lava Jato e Bolsonaro
Ministro Alexandre de Moraes autorizou as primeiras medidas de busca e apreensão no caso sobre ataques ao STF
Alvo do inquérito aberto para investigar ataques ao Supremo Tribunal Federal, o advogado Adriano Laurentino de Argolo, de Alagoas, coleciona posts em redes sociais com críticas a ministros da Corte, aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, e também a integrantes do governo Bolsonaro, como o ministro da Justiça, Sérgio Moro, além de indicar simpatia ao PT e ao ex-presidente Lula.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a PF fez buscas na casa do advogado na manhã desta quinta-feira (21/3). As ações de busca e apreensão são as primeiras autorizadas por Moraes, uma semana após o presidente do STF, Dias Toffoli, anunciar a abertura do inquérito. Além do caso de Alagoas, há mandados também sendo cumpridos em São Paulo.
Em sua decisão, o relator libera que sejam recolhidos equipamentos eletrônicos que possam ter relação com a disseminação de ataques ao Supremo, como computadores, tablet, celular e outros dispositivos.
Na casa de Argolo, a PF apreendeu celular e tablet. Segundo informações preliminares, o advogado informou à PF que foi alvo de montagens e que as postagens que teriam levado aos mandados de busca e apreensão são montagens. Não há detalhes sobre o conteúdo das mensagens que teriam levado a PF até o advogado.
Ontem, ele chegou a usar o Twitter para afirmar que suas contas em redes sociais foram clonadas. “Atenção! Minha conta está sendo atacada há dias por uma aliança já esperada de cirominions e bolsominions”, escreveu.