As mulheres ainda ganham menos do que os homens?
Em pesquisa divulgada pelo IBGE em 2019 constatou-se que mulheres recebem 79,5% do salário dos homens.
Claro que a sociedade em que vivemos cria esse tipo de diferenciação, que é causada por diversos fatores, entre eles dois merecem destaque: a ideia de que a mulher é a única responsável por atividades domésticas e os direitos das mulheres quando do estado gravídico.
Esses elementos causam uma imagem da mulher menos qualificada e mais onerosa para o empregador, que por vezes opta por contratar homens em detrimento de mulheres mais qualificadas, ou ainda contratar estas mulheres para funções com necessidade de menor qualificação ou com menor carga horária.
Entretanto, a diferença salarial não existe apenas em razão da carga horária. Ao analisar a remuneração por hora trabalhada contatou-se que mulheres recebem em média R$ 13,00 por hora trabalhada, enquanto este número é de R$ 14,2 para os homens.
Quando analisado por ocupações, verificou-se que a renda das mulheres era menor em todas as analisadas pelo instituto. A menor diferença observada foi em relação aos professores de ensino fundamental, que a diferença foi de R$ 9,5%. Já a maior diferença foi percebida nas ocupações de agricultores e trabalhadores da agricultura, com um percentual de diferença de 35,8%.
Ao contrário do que de imagina, esta diferença também é latente em profissões tradicionais: médicas mulheres recebem 28,2% menos do que médicos homens.
Por fim, é importante destacar que a CLT prevê a equiparação salarial para trabalhos de igual valor, idêntica função, prestados ao mesmo empregador e no mesmo estabelecimento empresarial, além de multa de 50% do limite máximo dos benefícios do RGPS em casos de discriminação salarial por motivo de sexo.
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