Brito: Governo deverá revogar limite de crédito para fumicultura
“Consideramos que as audiências que mantivemos, durante esta quarta-feira (8), com o vice-presidente Michel Temer e com os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Mendes Ribeiro Filho (Agricultura), trouxeram conquistas importantes à cadeia produtiva do fumo”. A afirmação foi feita pelo deputado estadual Adolfo Brito, em Brasília.
Conforme Brito, que iniciou a mobilização para que o setor fumageiro pudesse ser ouvido pelo Governo Federal, a resolução do Banco Central que limita o crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para produção de tabaco deixou preocupadas as autoridades federais. “Os ministros Pepe Vargas e Mendes Ribeiro, assim como o vice-presidente Michel Temer, foram unânimes em considerar que àquela medida está equivocada e garantiram se empenhar pela revogação.” Temer, inclusive, disse que trataria do assunto, pessoalmente, com a presidenta Dilma Rousseff.
“Verificamos que o governo, pelas manifestações de Pepe Vargas e Mendes Ribeiro, determinará a revogação daquela resolução, para que os produtores de fumo voltem a ter acesso aos financiamentos do PRONAF, sem a necessidade de diminuir a área plantada de tabaco e da exigência que o plantio de outras culturas, precise ultrapassar 20% das lavouras,” disse o líder do Partido Progressista.
Adolfo Brito mostrou-se satisfeito com a mobilização. “Tivemos uma comitiva que contou com a participação de mais de 30 representantes da região Sul, composta por parlamentares gaúchos e catarinenses, prefeitos, vereadores, sindicatos de produtores e representantes da indústria fumageira”, informou. Durante as reuniões, Brito defendeu a constituição de uma comissão que viabilize a possibilidade do setor fumageiro participar e opinar durante a realização da COP5.
A cadeia produtiva do tabaco, cuja produção tem como base a agricultura familiar, engloba 2,5 milhões de trabalhadores, sendo que 187 mil famílias, em 704 municípios da região Sul, dependem da atividade para seu sustento. Só em arrecadação de impostos, o setor deposita anualmente nos cofres da União cerca de R$ 10 bilhões. A que se destacar, ainda, que 85% do fumo brasileiro é exportado e o principal consumidor em percentual é o Japão.