Diante de uma suposta teoria da delinquência, aplicada de forma a estigmatizar adolescentes e jovens inseridos em uma lógica do consumo, apesar de viver em uma sociedade extremamente barbarizada, desigual e perversa, foi considerada a importância de desconstruir historicamente a construção do estigma presente nessa terminologia como forma de revelar as injustiças sociais e preconceitos que são naturalizados nas relações sociais diante do fenômeno da adolescência em conflito com a lei;a condição de desviante não é intrínseca a um indivíduo, mas é produto de uma relação social. É muito comum encontrarmos os termos “violação dos direitos”, “transgressão”, e “delinquência” associados à idéia de contenção e repressão dessas manifestações, desconectados da análise dos aspectos que potencializam ou mesmo determinam tais manifestações, tratando apenas os sintomas de um grande mal-estar social, sem, no entanto, discutir as razões e a raiz de seus desencadeamentos, portanto o ato infracional praticado