Câmara homenageia os 56 anos da Universidade de Brasília

A Câmara dos Deputados homenageou nesta sexta-feira (20), em sessão solene solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF), os 56 anos da Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com Kokay, que é ex-aluna da instituição, a UnB sempre exerceu um forte protagonismo, tanto no aspecto técnico-científico quanto na política.

“A universidade, por si só, é um espaço de diversidade e inquietação e vive um momento que extrema gravidade de ruptura democrática. Defender a Universidade de Brasília significa defender a resistência”, disse. “Em nome dos que lutaram pela democracia na universidade é que queremos manter vivo o que significa a UnB”, continuou.

Autonomia
Em mensagem enviada ao Plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destacou que a Universidade de Brasília foi fundada com a promessa de reinventar a administração, a pesquisa e o ensino universitário, entrelaçando saberes diversos na missão de continuar a onda de mudanças trazidas por Juscelino Kubitscheck para a nova capital federal.

“Até então, a estrutura administrativa e financeira das universidades federais brasileiras era inteiramente subordinada a um departamento ministerial. Foi a UnB que inaugurou entre nós o conceito de autonomia universitária”, afirmou.

Honestino Guimarães
Pedro Moraes, aluno representante da Comissão Eleitoral do Diretório Central de Estudantes da UnB, relembrou a luta do estudante Honestino Guimarães, assassinado durante a ditadura militar em 1973. Ele também ressaltou o momento de dificuldade que a universidade passa atualmente.

“É necessário pensar o que está acontecendo na universidade porque ela representa muita coisa para o Brasil. A UnB não é um privilégio, é um direito. Não vamos nos calar perante esse momento sombrio que estamos passando”, comentou Pedro.

Universidade
Idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, a UnB foi inaugurada em 1962, no segundo aniversário da capital federal (21 de abril).

Hoje, cerca de 30 dos cursos oferecidos pela universidade recebem pontuação máxima, seja de órgãos oficiais ou de avaliadores independentes. O mesmo acontece nas avaliações dos programas de pós-graduação, nos quais dezenas são considerados referência no Brasil, e outros dois – Antropologia e Matemática – são reconhecidos como referência internacional.

Reportagem - Larissa Galli
Edição - Marcelo Oliveira

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