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1 de Junho de 2024

Cinco advogados presos por corrupção e envolvimento em compra e venda de decisões judiciais

Publicado por Espaço Vital
há 14 anos
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Cinco advogados foram presos pela Polícia Federal, dentro da Operação Asef, deflagrada hoje (18), sob a acusação de intermediarem um esquema de venda de sentença no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As prisões foram decretadas pela ministra Nancy Andrighi, do STJ.

Participam da operação 125 policiais federais e dois médicos, acompanhados de seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso

Estão recolhidos à carceragem da PF os advogados Altenor Alves de Sozua, Alessandro Jacarandá, Maxweize Mendonça, Rodrigo Vieira e Célia Cury. Além deles, vários advogados tiveram seus escritórios ocupados pela PF, com mandados de busca e apreensão.

Também passaram pela PF a juiza Maria Abadia Aguiar e o ex-juiz eleitoral Renato Vianna, que ocupava a vaga no Tribunal Pleno do TRE-MT, representando a classe dos advogados.

A PF ainda busca cumprir dois mandatos de prisões, um de advogado e outro de pessoa comum envolvida no caso. Essa pessoa comum seria uma "lobista", que atuaria no esquema de tráfico de influência. Os nomes destes dois advogados procurados - mas ainda não presos - ainda não foram divulgados.

A Polícia Federal negou, por outro lado, qualquer prisão de magistrado ou ex-magistrado. Mas admitiu que foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de José Tadeu Cury e Donato Fortunato Ojeda, desembargadores aposentados do TJ-MT.

Também foram presos Cláudio Emanoel que é genro da advogada Célia Cury e outra pessoa identificada como Santos de Souza Ribeiro.

O advogado Eduardo Gomes, ex-prefeito de Alto Paraguai foi ouvido levado à PF para depor e liberado em seguida. O desembargador José Tadeu Cury também esteve na sede da Polícia Federal em Cuiabá. A exemplo de Vianna e Maria Abadia, apenas prestou esclarecimentos e foi liberado em seguida. A esposa dele continua presa.

O desembargador Cury foi aposentado cumpulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro, através da folha de pagamento, como empréstimo a Loja Maçonica Grande Oriente. E o desembargador Ojeda se desligou do TJ-MT aposentado por cumprimento de tempo de serviço.

Os fatos apurados encontram-se sob segredo de justiça e versam sob supostas práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. Ao todo são 30 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão.

As investigações iniciaram em 2007 quando a Polícia Federal de Goiás indicou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.

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