CNJ sem pressa: Moro, Favreto e Gebran são intimados, mas processo deve demorar
Corregedor deixa cargo em breve e foi aconselhado a deixar o caso decantar para ser resolvido sem paixões
O procedimento preliminar aberto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar a conduta do juiz Sérgio Moro e dos magistrados de segunda instância Rogério Favreto e Gebran Neto não deverá ser analisado na atual gestão da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
O ministro João Otávio de Noronha, que comanda o processo, deixa o cargo em agosto para assumir a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). E, de acordo com colegas e assessores, não vai acelerar a tramitação do caso que apura a atuação dos magistrados no conflito de decisões em torno da liberdade do ex-presidente Lula.
Noronha teria, inclusive, sido aconselhado a deixar o procedimento tramitar normalmente, sem pressa. Com isso, deixa que o conflito de decisões no TRF4 decante e permita que o CNJ, futuramente, decida a questão afastado de paixões. Além disso, disseram ministros a Noronha, o país já vive um clima de tensão e de divisão. O CNJ não deveria contribuir para aprofundar este cenário negativo.