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16 de Maio de 2024

Coleta seletiva de lixo em Canoinhas começa em dezembro

Publicado por Carolina Salles
há 11 anos
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Os canoinhenses já estão acostumados com os dias da coleta de lixo. No centro e bairros, o caminhão passa duas vezes por semana e recolhe tudo o que os moradores deixam nas lixeiras. Diferente das comunidades do interior, que recebem o caminhão de coleta seletiva uma vez na semana e não podem misturar o lixo comum com o lixo reciclável.

Em breve, as coletas na área urbana de Canoinhas serão alteradas. Isso porque, segundo o secretário de Meio Ambiente, Adinor da Silva, a coleta seleti­va será realizada assim que as adequações na primeira usina de triagem da Cooperativa dos Catadores de Materiais Reci­cláveis forem concluídas. “A expectativa é que comece em dezembro”, conta.

Os dias da coleta seletiva serão divulgados quando a obra no galpão estiver em fase de conclusão.

Empresa responsável pela coleta de lixo, a Serrana En­genharia espera a ordem de serviço do município para co­meçar a recolher os materiais recicláveis no centro e nos bairros. “Atualmente, o material reciclável que recolhemos no interior do município é doado a catadores. Quando a coleta for ampliada, aí será necessário levar para a cooperativa, como destino certo”, diz o supervisor da empresa em Canoinhas, Joel Alves.

Levantamento realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que 93,9% dos municípios cata­rinenses atendem à política de gestão que prevê a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos domiciliares por meio de aterros sanitários. Canoi­nhas é um deles. O material reciclável coletado no interior é destinado aos catadores e o lixo domiciliar é levado ao aterro sanitário da Seluma/Serrana, em Mafra-SC.

A coleta seletiva é obrigató­ria, conforme a lei 12.305, que trata da Política Nacional de Re­síduos Sólidos. De acordo com o artigo 18 da lei, os municípios que implantarem a coleta sele­tiva terão acesso priorizado aos recursos da União “destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento”.

MATERIAIS

Segundo Alves, a coleta no interior do município tem um problema: as pessoas não se­param corretamente o lixo reciclável do lixo comum. “Nas comunidades rurais, não reco­lhemos fraldas descartáveis, por exemplo. Isso não é reciclável. As pessoas precisam entender que o nosso contrato é de coleta seletiva no interior e não po­demos passar por cima disso.” Mesmo assim, ele afirma que, em alguns casos, as pessoas colocam o lixo comum embaixo do que é reciclável, inutilizando todo o material e prejudicando quem trabalha com o material.

Mas qual seria o destino correto para os resíduos nas comunidades do interior que não podem ser reciclados? Silva reconhece que os moradores precisam dar a destinação cor­reta. Segundo ele, como só há coleta seletiva, a alternativa é deixar nas escolas ou pontos específicos de coleta, que fazem contato com a Secretaria para o recolhimento. “Tivemos a Semana do Lixo Zero e muitas pessoas do interior deixaram os resíduos no ponto de coleta, no centro. As pessoas têm de procurar a melhor forma.” Ele comenta que os moradores podem ligar na Secretaria para esclarecer dúvidas ou para informações sobre a coleta. O telefone é 3621-7744.

VALORES

Para Alves, os valores cobrados dos munícipes para a coleta de lixo são inferiores ao valor real e parte do custo é pago com recursos da própria adminis­tração municipal. “As pessoas reclamam do valor cobrado pela coleta, mas não sabem que a soma não chega à metade do total do serviço”, diz.

Pela coleta de lixo comum, o contrato da Prefeitura com a Serrana Engenharia é de R$ 2.221.179,84 por ano, incluindo a coleta, o transporte e a desti­nação correta no aterro sanitário. Por mês, o valor ultrapassa os R$ 185 mil. Já para a coleta seletiva, realizada até o momento nas comunidades rurais, o contrato é de R$ 55.588,32 ao ano.

Na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), quem tem o lixo resi­dencial recolhido duas vezes na semana paga R$ 94. Quem tem a coleta diária, caso dos mora­dores da área central de Canoi­nhas, R$ 188. O lixo comercial tem valores diferentes para coleta bissemanal e diária: R$ 189 e R$ 378, respectivamente. A taxa é anual. “Porém, ainda tem as pessoas que não pagam o IPTU", diz Silva.

Fonte: www.adjorisc.com.br

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