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1 de Maio de 2024

Coreia do Sul declara que proibição ao aborto é inconstitucional

Publicado por Conteúdo Legal
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Nesta quinta-feira (11/04), a justiça sul-coreana anunciou em decisão histórica proferida pelo Tribunal Constitucional, que, até o fim de 2020, deverá haver uma alteração na Lei de 1953 para que deixe de existir a proibição à interrupção voluntária da gravidez.

Essa decisão ocorreu por 7 votos a 2. A Coreia do Sul é um dos últimos desenvolvidos que proíbem o aborto, exceto em casos de estupro, incesto ou risco para a mãe. Fora desses casos, as mulheres que recorrem ao aborto podem ser condenadas a um ano de prisão e ao pagamento de multa. Já os médicos, estão sujeitos à condenação de até dois anos de prisão.

Por meio de um comunicado, o Tribunal de Constitucional pontuou:

"A proibição do aborto limita o direito das mulheres a assumir seu próprio destino e viola seu direito à saúde ao restringir o acesso a procedimentos seguros no momento oportuno. Os embriões dependem completamente para sua sobrevivência e desenvolvimento do corpo da mãe, pelo que não se pode concluir que são seres vivos separados e independentes com direito à vida".

Diante dessa decisão, centenas de mulheres reunidas na sede do Tribunal comemoraram, no centro da capital, localizada em Seul.

"A decisão de hoje foi tomada porque inúmeras mulheres não pararam de lutar por seus direitos durante muitos anos. Merecemos a atenção e o reconhecimento do mundo".

Nos últimos anos, o movimento a favor da legalização do aborto ganhou força, mas a proibição tem muitos partidários em uma sociedade conservadora em relação aos direitos das mulheres e na qual as igrejas evangélicas têm uma influência importante.

Opositores ao fim da legislação também protestaram em frente ao tribunal em Seul.

“Como você pode matar um bebê que está crescendo dentro de você? O aborto é um assassinato”, disse Kim Yeong-ju, 47, mãe de dois filhos, que se manifestou a favor da proibição.

Os números de aborto vêm caindo no país. Em 2017, foram pouco menos de 50 mil estimados no país — abaixo dos mais de 300 mil em 2005 e quase 170 mil em 2010, de acordo com o Instituto Coreano da Saúde e Assuntos Sociais.

Afinal, qual é o seu posicionamento sobre o assunto? O posicionamento proferido pelo Tribunal foi adequado?

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