Crianças e adolescentes assistidos por programas sociais recebem palestra sobre violência contra mulher
Mais de 100 alunos do ensino médio da escola estadual Rafael Rueda, no bairro Pedra 90, participaram de palestra com o tema “Violência contra a Mulher”, ministrada pela coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher de Cuiabá (Nudem), defensora pública Rosana Leite, na manhã desta terça-feira (22/5). O evento faz parte de um projeto piloto da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) que pretende levar cidadania a moradores de bairros vulneráveis à violência.
Depois de explicar a legislação que existe no país, específica para a proteção da mulher, a Lei 11.340/2006, conhecida como Maria da Penha, a defensora abriu para perguntas e para que os estudantes pudessem tirar dúvidas. “A maioria das dúvidas foram sobre os principais agressores de crianças e quais são as medidas de proteção mais eficazes. Lembrei que, por causa da relação de confiança, muitas crianças e adolescentes são vítimas de pessoas próximas, amigos da família, parentes e mesmo os pais. E que as medidas mais eficazes são aquelas que afastam os agressores das vítimas”.
O projeto foi lançado na sexta-feira (18/5) e teve início hoje, com a programação de palestras voltadas para os estudantes. No sábado (26/5) as palestras e atividades serão para os estudantes e suas famílias. A ideia do projeto é informar a comunidade de bairros que recebem auxílios sociais sobre direitos e deveres, para sensibilizá-los a agirem como cidadãos, explica a Setas.
O projeto tem participação de diretores de escolas, líderes comunitários, órgãos e entidades públicas e privadas. “A seleção das escolas atendidas foi feita com base no número de beneficiários do Pró-Família, programa que atende as regiões com maior índice de vulnerabilidade social”, explicou Rosiane Andrade, secretária adjunta de Trabalho e Cidadania da Setas.
A proposta é que sejam atendidas duas escolas por mês. Os alunos vão apender sobre a importância da aplicabilidade das leis, direitos e deveres para serem cidadãos conscientes e participativos, dentre outros temas.
A integrante do Conselho de Segurança e Movimento Comunitário, Rosa Barbosa, acompanhou a criação do projeto e declarou que o formato em que será implantado permitirá um maior alcance de crianças e adolescentes.
“Acompanhamos a criação deste projeto que é muito importante, porque não trabalha apenas com o estudante, mas alcança os pais e a comunidade onde ele vive. Nós temos que trabalhar a criança e trabalhar também o adolescente, dar base de emprego e de ocupação para que esse jovem não venha a se perder”, comentou Rosa.
Da Assessoria