jusbrasil.com.br
2 de Maio de 2024

Criatividade e inovação tecnológica são históricas

0
0
0
Salvar

Já no início de 1990, o desembargador Guinther Spode, juntamente com o ex-desembargador Milton Carlos Löff (já falecido), montaram, com recursos próprios, a primeira sala de audiências informatizada do Brasil, na 11ª Vara Cível de Porto Alegre. O juiz, o datilógrafo (hoje digitador) e as partes (autor e réu) dispunham, cada um, de um monitor de vídeo para acompanhar o que era transcrito (depoimentos, decisões ou sentenças). “Impossível deixar de observar que, na época, os equipamentos de informática eram todos importados e custavam uma fortuna. Uma impressora simples, daquelas de pinos, custava por volta de U$ 2 mil”, conta.

Após ler a matéria intitulada Faltou recurso? Criatividade é a ferramenta do magistrado – publicada no site da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) e que aborda o uso de soluções criativas nas audiências, pelos magistrados -, Guinther lembrou desse episódio marcante para o Judiciário gaúcho.

A inovação, segundo ele, teve repercussão: “Os advogados que atuaram na época podem testemunhar a verdadeira revolução que isso significou. Nossas audiências estavam sempre repletas de estagiários, além de advogados que vinham para conhecer a novidade. Sempre faltava lugar e havia até mesmo uma fila de espera em que os interessados tinham de se habilitar, pois não havia lugar para acomodar todos”.

Guinther relembra, ainda, que, ao encerrar a audiência, além das cópias reservadas aos autos e as destinadas ao arquivo do cartório, outras eram distribuídas para as partes e para os estagiários. “Estas cópias eram custeadas gentilmente pelo escrivão Amélio Todero”, comenta.

A iniciativa dos dois magistrados, pioneira em uma época em que a informatização não era algo comum nos fóruns brasileiros, pode não ter tido o reconhecimento devido, na opinião do desembargador. Porém destaca-se por adiantar uma prática que se tornou habitual nas comarcas, ou seja, o uso de computadores em todos os espaços da Justiça. O relato soma-se a outros que ilustram a capacidade dos juízes gaúchos de adotar inovações tecnológicas para agilizar tarefas e de encontrar alternativas para situações adversas.

Alexandre Volkweis

Imprensa/AJURIS

(51)

Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

  • Publicações660
  • Seguidores3
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações26
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/criatividade-e-inovacao-tecnologica-sao-historicas/3130425
Fale agora com um advogado online