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30 de Abril de 2024

Defesa pede relaxamento da prisão de PM acusado de matar dois jovens

As investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apontaram que o PM era proprietário de um veículo com as mesmas características do identificado pelas testemunhas e que o mesmo teria sido lavado no dia em que o crime aconteceu.

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O juiz do 3º Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Mauro Antony, vai analisar na terça-feira (18), o pedido de revogação da prisão preventiva, solicitado pela defesa do policial militar Marcos Marques Pinheiro, acusado de matar os estudantes Ewerton Felippy Marreiros e Bruno Menezes de Souza, no dia 25 de março deste ano. Nesta segunda (17), foi realizada a Audiência de Instrução para ouvir as testemunhas de acusação e defesa do caso.

O juiz ouviu seis testemunhas, todas de acusação, e as duas da defesa foram dispensadas pelos advogados. Porém, o depoimento de Josiane da Silva Alves, que seria a ex-namorada do acusado e teria tido um romance com Bruno, não pode ser ouvido pelo juiz porque ela não compareceu à audiência. Apesar de ser testemunha da acusação, a defesa insistiu no depoimento de Josiane, que não foi localizada no endereço citado no processo e estaria morando em outro município do Amazonas – em Anori (a 194 quilômetros de Manaus).

O juiz concedeu um prazo de 40 dias para que a defesa apresente o atual endereço da testemunha para que ela possa ser intimada e ouvida. Se estiver em outra cidade, será expedida uma Carta Precatória para que o juiz do município em questão tome seu depoimento.

O acusado Marcos Marques Pinheiro só será ouvido após a audiência de Josiane. Depois de concluída essa fase do processo, o juiz poderá marcar o julgamento. Se confirmadas as acusações, Marcos Marques Pinheiro deverá ser julgado pelo crime de Homicídio Qualificado. A pena nesses casos varia de 12 a 30 anos de reclusão para cada morte.

"Se no decorrer do processo outras pessoas forem citadas, caberá ao Ministério Público solicitar a inclusão das mesmas no processo. Até agora só o Marcos Marques Pinheiro é acusado", disse o juiz Mauro Antony. Após as audiências, se a Justiça entender que trata-se de caso para Júri Popular, Marcos Marques Pinheiro poderá ir a julgamento ainda no primeiro semestre de 2013.

"Ainda temos de ouvir a Josiane. Depois disso vamos analisar se cabe ou não Júri Popular. Se for o caso, vamos inserir na pauta do primeiro semestre do ano que vem", afirmou Antony.

Entenda o Caso

De acordo com as investigações da Delegacia Especializada em Homídios e Sequestros (DEHS), na noite do dia 25 de março desse ano, por volta das 22 horas, Ewerton Felippy Marreiro Dias e Bruno Menezes de Souza, ambos de18 anos de idade, assistiam a um jogo de futebol feminino na quadra do Colégio Ribeiro da Cunha, na Rua Silva Ramos, no centro de Manaus.

De acordo com o processo que tramita na 3ª Vara do Tribunal do Júri, quando os jovens voltavam para suas respectivas residências, ainda na rua Silva Ramos, próximo ao colégio Auxiliadora, teriam sido abordados por quatro homens que saíram de um veículo Ford, modelo Fiesta, cor escura.

Na ocasião, Ewerton foi atingido por um disparo de arma de fogo e morreu em seguida, no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, situado na Zona Leste. Bruno teria sido agredido e levado pelo grupo. No dia 29, o corpo de Bruno foi encontrado em adiantado estado de decomposição na rua Oitis, Distrito Industrial de Manaus.

As investigações apontaram que Ewerton e Bruno teriam sido assassinados pelo ex-companheiro de uma jovem de nome Josiane da Silva Alves, Marcos Marques Pinheiro, soldado da Polícia Militar do Estado do Amazonas.

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