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4 de Maio de 2024

Denunciado PM que matou cinco pessoas, incluindo o próprio filho, na Zona Norte de Porto Alegre

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O Ministério Público denunciou ao Tribunal do Júri da Capital, nesta segunda-feira, 25, o Policial Militar Ronaldo dos Santos, 52 anos, como executor da morte de cinco pessoas da mesma família, incluindo o próprio filho recém-nascido, na Zona Norte de Porto Alegre. Os corpos foram encontrados no dia 2 de junho em adiantado estado de decomposição no interior da casa de número 335 da rua José Marcelino Martins, no bairro Jardim Itú-Sabará.

O subtenente aposentado foi denunciado por cinco homicídios qualificados e por alterar a cena do crime. A denúncia foi oferecida pela Promotora de Justiça Sonia Mensch. As vítimas são: Lourdes Felipe, 64 anos, seus filhos Walmyr Felipe Figueiró, 29, e Luciane Felipe Figueiró, 32, além dos netos João Pedro Figueiró, cinco anos, e Miguel, de um mês; todos assassinados dentro da residência.

Quatro pessoas foram assassinadas com um tiro de revólver calibre 22 na cabeça, e o bebê morreu por asfixia. No caso da morte da mãe da crianças, o crime foi qualificado por motivo torpe e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Contra o bebê, o crime é qualificado por motivo torpe, meio cruel e com impossibilidade de defesa da vítima, com o agravante de ser menor de 14 anos e descendente. Em relação à Lourdes, Walmyr e João Pedro, os crimes foram cometidos para assegurar a impunidade sobre os dois primeiros assassinatos e também com uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

A chacina foi praticada mediante surpresa, já que as vítimas estavam em casa e foram surpreendidas pela ação violenta do denunciado, previamente armado. Todos acreditavam se tratar de uma visita amistosa, já que poderia querer visitar o filho – ele morava em Tubarão, Santa Catarina. Para garantir as mortes, Ronaldo dos Santos deixou o gás do fogão ligado.

O denunciado já havia tentado eliminar Luciane e o bebê através de outras pessoas, que não aceitaram cometer os crimes. Ele não aceitava a paternidade de Miguel, fruto de um relacionamento extraconjugal e por pensar que a mãe do bebê se aproveitaria do fato de terem um filho em comum para exigir-lhe dinheiro.

Com a intenção de fazer parecer que a motivação do crime pudesse ter ligação com o tráfico de drogas, o PM colocou 10 pacotes de maconha e cocaína sob o corpo de Walmir, que seria dependente químico.









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