Dependente dos vizinhos, Paraguai seria fortemente afetado por sanções
BUENOS AIRES - País com a economia e a democracia menos desenvolvidas do Mercosul, o Paraguai é o integrante do bloco que mais tem a perder caso seus sócios nesta integração decidam lhe aplicar sanções após o impeachment-relâmpago do ex-presidente Fernando Lugo, na semana passada, segundo avaliação de analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Andrés Cristaldo/EfeFederico Franco assume presidência do Paraguai
A aplicação de sanções seria discutida nesta sexta-feira, 29, na reunião do bloco em Mendoza, na Argentina, pelos presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai, sócios do Paraguai no Mercosul, segundo indicou comunicado do Ministério argentino das Relações Exteriores, divulgado no fim de semana.
Com uma das menores economias da região, o Paraguai tem PIB (Produto Interno Bruto) anual de US$ 36,2 bilhões, o que equivale a 1,6% do PIB do Brasil, de US$ 2,2 trilhões.
As sanções em discussão estão previstas nos estatutos da Unasul e incluem até mesmo o fechamento de fronteiras em torno do país. O Paraguai é signatário do Protocolo de Ushuaia, parte integrante dos tratados constitutivos do bloco regional, onde está prevista até mesmo a expulsão de integrantes. Na visão do bloco o país rompeu a chamada "Cláusula Democrática", que versa sobre o "Compromisso Democrático no Mercosul".
O documento foi assinado em julho de 1998, após uma crise institucional no pr...
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