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2 de Maio de 2024

Detesto pessoas!

Publicado por Valeria Leal
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Poderia ter sido apenas um comentário fortuito, mas causou-me certa estranheza vindo de alguém conectado a uma plataforma com mais de 8 milhões de usuários, num universo digital que contempla no mundo 3,2 bilhões de pessoas online. Todos nós certamente já deve ter ouvido que somos criaturas sociais. Como dizia o poeta “é impossível ser feliz sozinho”.

Somos capazes de pertencer a diversos grupos sociais, familiares, profissionais com variados interesses comuns. Nos unimos para o bem e para o mal.

As organizações criminosas, por exemplo, dependem da sua força de grupo e a utilizam com frequência numa linguagem codificada para cometer diversos delitos como lavar dinheiro, achacar a polpuda máquina governamental e até para realizar sequestros, onde cada um participa com funções previamente determinadas: os negociadores, nos contatos com a família, os arrebatadores que abordam e levam o sequestrado ao cativeiro; há os cuidadores, os que ficam na vigília, os que fazem a gincana - o resgate -, todos sob a batuta do mentor, que seleciona o alvo e coordena todas as outras ações. Nunca estamos sós.

Unidos podemos realizar inúmeras tarefas simples ou complexas como construir um avião, organizar uma orquestra, realizar uma cirurgia de emergência, eleger o presidente de um país ou descobrir um medicamento que salvará muitas vidas. Com a participação livre e voluntária de um grupo que seria disperso, mas com variadas competências, construímos tudo o que está ao nosso redor.

Por este motivo, vale lembrar que ao escrever este pequeno texto com apenas 450 palavras devo agradecer solenemente ao povo da Suméria, hoje região do Irã e Iraque, onde a escrita foi inventada, a Tales de Mileto, Gutenberg, Benjamin Franklin, Thomas Edson, Alan Turing o “pai do computador”, a Charles Babbage criador do primeiro projeto, a Steve Jobs que o aperfeiçoou, escrevo em um MacBook Air!, a minha professora de português, ao meu oftalmologista, a Clay Shirky autor do livro “Lá vem todo mundo” de onde extraio algumas teorias sobre conectividade e a perita do Ministério Público do Rio de Janeiro, Maria do Carmo Gargaglione que me indicou o excelente livro.

Devo render também declaradas honras digitais a Bill Gates, a Richard Broadie, inventor do processador de texto Microsoft Word, aos organizadores de plataformas de conteúdo e sem esquecer de ninguém, devo a você que postou o comentário no final do meu artigo, os mais sinceros agradecimentos.

Sendo filha de um jornalista aprecio a liberdade de expressão. Devo dizer, caro leitor, que provavelmente você não detesta pessoas, mas o que há em desacordo com a sublime arte de ser humano.

Assista o vídeo.

Whats does it mean to be human?

Valéria Leal

Consultora em Comunicação Humana

Especialista em Voz

Perita Forense

www.valerialeal.com

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