Doença infantil do conservadorismo
Como já contei aqui, tenho mania de ouvir rádio. Em qualquer canto da minha casa, no chuveiro inclusive, posso ouvir a programação da rádio pública americana. Como o programa matinal de notícias costuma ser meu despertador, às vezes, tal como o Gregor Samsa, penso que, se voltar a dormir mais um pouco, a metamorfose não se consumou. O palavrório kafkiano que acabei de ouvir não passou de um pesadelo. Mas, ainda habitante do meu corpo original, me pergunto se os poderes não me veem como um inseto.
Antonin Scalia é um desses que me fazem acordar inseto. Trata-se do brilhante e reacionário juiz da Suprema Corte americana, aquele que gostava de ir caçar patos com o ex-vice-presidente Dick Cheney e não se recusou a julgar um caso envolvendo o companheiro de caçadas.
Num dos debates de maior impacto sobre a vida dos americanos em décadas, o desafio judicial à lei do seguro-saúde, passada em 2010, Scalia comparou o seguro-saúde a brócolis. Explico: se Barack Obama pode obrigar a população a comprar seguro-saúde, argumentou o juiz, ...
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