É um assalto, doutora!
Porto Alegre, 19 de maio de 2010.
Ao
Espaço Vital
Ref.: estacionamento ocioso e fechado e riscos, nas ruas, para os advogados
Com o intuito de alertar colegas, como também fortalecer o pedido de liberação dos estacionamentos dos foros regionais para nós que labutamos diariamente em busca da verdade e da justiça, conto o ocorrido comigo.
Na última segunda-feira (17), chegando ao Foro Regional da Tristeza, procurei vaga junto ao prédio. Não encontrando, estacionei meu carro (uma Pálio Adventure verde musgo, placas IPM 3152), na rua Otto Niemayer quase esquina com a rua Teotônia, onde havia um pouco mais de iluminação.
Sai do carro e fui andando em direção ao foro pelo meio da rua, junto ao contrafluxo de veículos. Por que? Não sei! De certo, fui guiada pelo meu anjo da guarda.
Caminhei até quase a entrada do foro. Quando cheguei na calçada, dois individuos - bem vestidos inclusive - me abordaram dizendo que haviam me visto estacionar na esquina e queriam a bolsa, pasta e a chave do carro. "É um assalto, doutora!" - me disseram.
Argumentei que a bolsa e a pasta não poderia dar, pois tinha audiência em segtuida. Pediram, então, a chave do carro. Ato continuo, entreguei a chave, sob a ameaça de um revólver e ainda, obrigando-me eles a seguir numa entrada de veiculos existente ao lado, "sem olhar para atrás"
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E assim foi feito...
Minha revolta maior foi ver que o estacionamento do foro, encontrava-se às escuras, sem movimento algum, completamente ocioso. Por que razão, nao é liberado o estacionamento de veiculos para nós, advogados? Se durante o dia o estacionamento não comporta tamanho movimento, por que então não liberá-lo à noite, para a participação de audiências no JEC?
Ficamos nós, trabalhadores do Direito, à mercê dos meliantes - nesta Porto Alegre cada vez mais insegura - enquanto o estacionamento do foro continua fechado, escuro e completamento ocioso.
Minha esperança é a de que, com a divulgação do fato, OAB-RS e TJRS encontrem uma solução na defesa das pessoas de bem.
Atenciosamente,
Alda Maria da Silveira Arnold, advogada (OAB/RS nº 12.371).