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3 de Maio de 2024

Entenda como funciona a aposentadoria especial

Benefício é voltado para trabalhadores que exerçam atividades perigosas e insalubres e envolve diferentes profissões.

Publicado por Ian Varella
há 6 anos
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Hora de se aposentar

As condições e o tipo de trabalho exercido podem deixar a aposentadoria mais próxima do trabalhador. Isso porque há uma modalidade do benefício que nem sempre é considerada pelos profissionais na hora de fazer o pedido junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Aposentadoria especial

Trata-se da aposentadoria especial, em que fatores como insalubridade e periculosidade nas atividades profissionais podem assegurar o descanso com menos tempo de contribuição.

O advogado Victor Nascimento explica quem, em muitos casos, o segurado sequer conhece o direito e acaba pedindo a aposentadoria regular por tempo de serviço.

— Uma das grandes vantagens que o trabalhador perde é que, na aposentadoria especial, não há incidência do fator previdenciário, que nada mais é do que uma fórmula para que ele fique mais tempo em atividade — diz.

Tempo de contribuição

As atividades que poderiam ser contempladas na aposentadoria especial têm riscos diferentes e, por isso, são tratadas de maneiras distintas. O tempo de contribuição para cada uma delas pode variar de 15 a 25 anos.

Comprovação do tempo especial

Mas, para comprovar, explica o advogado Marcelo Becker, o empregado precisa apresentar o chamado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), uma espécie de laudo assinado por engenheiros ou médicos do trabalho que confirmam a atuação do trabalhador em atividades especiais.

O PPP deve ser disponibilizado pelas empresas.

Aos autônomos, valem registros de prestação de serviço e até da rotina profissional que demonstrem a condição de periculosidade e/ou insalubridade.

    — Se a empresa fechou ou o empregado não tem como solicitar o PPP, ele pode conseguir, por exemplo, testemunhas, pessoas que exerçam atividade igual em outra empresa para comprovar que havia a condição especial de trabalho pela equiparação das fnções — esclarece.

    Apesar de estar prevista em lei, a aposentadoria especial é um dos benefícios mais negados pelo INSS, em parte por conta de os trabalhadores desconhecerem seus direitos, mas, também, em razão da falta de comprovação e de documentação adequada na hora de fazer o requerimento.

    Victor Nascimento aconselha que os contribuintes tenham em mãos, além do PPP, um extrato do cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis), onde consta todo o histórico de contribuições do segurado, e, se possível, um laudo ambiental da empresa, que atesta as condições de trabalho.

    Ele chama a atenção também para algo que parece simples, mas que muitas vezes passa despercebido.

    Nem sempre a insalubridade e a periculosidade estão previstas por categoria, mas presentes em uma função específica:

    — A pessoa tem de atentar que, se ela tem um adicional por insalubridade ou periculosidade, é porque a empresa fez um estudo que demonstra de forma inequívoca que o trabalhador está exposto a uma situação nociva. Então, ele tem direito a aposentadoria especial se tiver o tempo de contribuição — reforça Nascimento.

    Acesse nosso canal no Youtube e assista o vídeo sobre aposentadoria especial.

    Fique atento

    A aposentadoria especial é um benefício destinado a pessoas de diversos setores, inclusive autônomos, que tenham trabalhado em atividades insalubres ou perigosas, com riscos à saúde e à integridade física.

    Requerimento administrativo

    Os pedidos são feitos da mesma forma que a aposentadoria regular por tempo de serviço e contribuição.

    É preciso agendar o atendimento em uma agência do INSS e levar a documentação, como carteira de trabalho, extrato do Cnis e Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), concedido pela empresa de acordo com um laudo.

    O trabalhador que buscar a aposentadoria especial precisa apresentar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), uma espécie de formulário com dados do empregado e do trabalhador, a função exercida e os riscos que ela porventura apresenta, além do período em que ocorreu a atividade.

    O pagamento das taxas previdenciárias por quem exerce atividade insalubre ou perigosa é realizado normalmente, como qualquer outro trabalhador, com desconto entre 8% e 11% da remuneração.

    A lei exige um tempo mínimo de contribuição na atividade considerada perigosa ou insalubre, que varia de acordo com o tipo de agente nocivo ao qual o empregado está exposto. Mas, na maioria dos casos, a contribuição mínima é de 25 anos nessa condição.

    As substâncias consideradas nocivas ao trabalhador e a tabela sobre as atividades perigosas estão especificadas no decreto 3.048/99.

    Se o trabalhador ficou um período menor do que o mínimo exigido para pedidos de aposentadoria especial em atividade insalubre ou perigosa, ele pode converter esse período em atividade normal.

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    Fonte: Bruna P.| Gauchazh e imagem

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