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15 de Maio de 2024

Espanhóis fazem greve geral contra a reforma trabalhista

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Mais de cem manifestações ocorreram nas principais cidades espanholas. Cerca de 10,4 milhões de trabalhadores aderiram à greve geral. Os setores com maior adesão foram de transporte, hospitais, universidades e de coleta de lixo.

Os dois principais sindicatos do país, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CCOO (Comissões Obreiras, na sigla em espanhol), informaram que a adesão à greve foi de 77% dos setores público e privado. Na indústria de minério, a paralisação chegou a 100%. Fábricas como as da Nissan, da Seat e da Valeo não funcionaram por falta de pessoal. A maioria das universidades públicas, 70%, cancelou aulas. Entre as privadas, a adesão foi de 45%.

A paralisação geral foi a primeira grande manifestação contra a gestão do conservador Mariano Rajoy, que vem sendo criticado pela população e por sindicatos, por não ter conseguido estabilizar o país, conforme prometeu em sua campanha, apesar dos cem dias de governo.

Desemprego

Em Barcelona, onde a adesão à greve geral foi maior, mais de 275 mil trabalhadores tomaram as ruas contra a política de reforma do governo que ataca os direitos básicos. Para os dirigentes sindicais espanhóis, as medidas tomadas, ao contrário do que diz o governo, somente aumentarão as demissões em curso.

Os sindicatos calcularam em 10,4 milhões o número de pessoas que aderiram à greve, de um total de 17 milhões convocados, quase o dobro de desempregados no país, estimados em 5 milhões. Com uma população de 46,1 milhões de habitantes, 22% dos espanhóis estão desempregados, e quase 49% dos jovens estão sem emprego.

Alguns pontos da reforma

Facilita as demissões coletivas por empresas que provem nove meses consecutivos de quedas nos lucros ou na receita. Empresas podem mudar as condições de trabalho dos funcionários, como salários, jornada, horários e troca de cidade de forma unilateral.

Violência

Os trabalhadores que tomaram as ruas da Espanha para reivindicar a manutenção de seus direitos, enfrentaram a repressão da policia que usou balas de borracha e gás lacrimogêneo para tentar reprimir as manifestações. Mais de 172 pessoas foram detidas e 116 ficaram feridas.

Reforma

As principais entidades sindicais do país criticam a postura autoritária do governo Mariano Rajoy, que aprovou o texto da reforma trabalhista no Congresso sem abrir nenhum canal de diálogo com os sindicatos. Por outro lado, Rajoy afirma que a reforma irá dinamizar a economia do país gerando mais empregos, além de atender as exigências da União Europeia.

Para o dirigente das Comissões Obreiras, o governo tem se comportado com supremacia. "Esse governo não deveria se comportar como uma gestão tecnocrata. É um governo eleito democraticamente no ano passado", afirmou Candido Mendes, diretor-geral do CCOO. Já a ministra de Emprego, Fátima Bañéz, afirmou que a reforma trabalhista é “imparável”, dando sinais de que, em nome da crise economica europeia, mais direitos serão retirados dos trabalhadores.

Notícia veiculada no site do Sintrajud/SP

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