Evento defende a discussão de gênero nas escolas

A importância da permanência da discussão de gênero nos planos de educação permeou o evento Gênero, Educação e Constituição Federal: Problematizando a Ideologia de Gênero, promovido pelas comissões de Diversidade Sexual e OAB Vai à Escola, na OAB/SC, na noite desta terça-feira (01/12).

A doutora em Educação Jimena Furlani, que tem 26 anos de experiência em questões relacionadas a gênero, diz que excluir a discussão nos bancos escolares é extremamente discriminatório, pois o tema já faz parte de nossa sociedade. Já advogada Margareth da Silva Hernandes, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB/SC, falou do amparo jurídico à discussão de gênero no âmbito escolar. Para Margareth, a retirada da palavra gênero dos planos de educação fere a Constituição brasileira que, por exemplo, reconhece a união homo afetiva. Assim como, busca promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Ana Paula Travisani, presidente da Comissão OAB Vai à Escola, lembra que o preconceito e o bullying têm levado à evasão escolar de quase 100% dos transexuais. “Não podemos fechar os olhos para essa realidade. A OAB/SC, após um estudo técnico profundo e respaldado por profissionais competentes, tem o posicionamento de defender a Lei”, acrescenta Ana Paula.

Já o procurador de Justiça Alexandre Herculano, que preside a Comissão de Recursos Humanos do Ministério Público de Santa Catarina, também manifestou sua preocupação na retirada das questões de gênero nos planos de educação. Ele é a favor da discussão ampla, pois ainda há muita desinformação a respeito do assunto.

Assessoria de Comunicação da OAB/SC