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4 de Maio de 2024

Ex-chefe da Polícia Civil do Rio é preso em flagrante

Publicado por Expresso da Notícia
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A Polícia Federal (PF) prendeu, no dia 29, em flagrante o deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, no governo Anthony Garotinho, Álvaro Lins (PMDB). O deputado estava no apartamento dele, em Copacabana, na zona sul do Rio, e foi levado em um carro da PF para a superintendência do órgão, na Praça Mauá, centro da cidade.

Lins é acusado de quatro crimes: lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação de contrabando. O ex-governador Anthony Garotinho também está sendo procurado. Ele é acusado de formação de quadrilha armada. Agentes da PF realizam buscas em dois endereços de Garotinho.

Desde o início da manhã, a Polícia Federal realiza a operação Segurança Pública S/A, com o objetivo de cumprir sete mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Até agora, pelo menos dois mandados de prisão foram cumpridos. Além de Álvaro Lins, a PF prendeu o policial civil Alcides Campos Sodré, conhecido como Alcides Cabeção, na casa dele, num condomínio de luxo localizado na Taquara, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade.

O policial foi assessor do ex-chefe da Polícia Civil, Ricardo Hallack, que sucedeu Álvaro Lins em 2006, à época em que ele deixou o cargo para se candidatar. Neste momento, agentes fazem buscas no gabinete do deputado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Operação Segurança Pública S/A

A Polícia Federal do Rio deflagou a Operação Segurança Pública S/A para cumprir sete mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Álvaro Lins foi detido em casa na Rua Cinco de Julho, em Copacabana, na Zona Sul. Policias federais apreenderam o celular pessoal do parlamentar, e fizeram buscas em seu gabinete, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo a PF, Lins é acusado de quatro crimes: lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação de contrabando. Agentes da Polícia Federal apreenderam um laptop na casa do ex-governador Anthony Garotinho, em Campos de Goytacazes, no Norte Fluminense, e fizeram buscas na residência do governador no Rio, na Rua Engenheiro Alfredo Modrach, em Laranjeiras. Segundo advogados de Garotinho, ele diz desconhecer as acusações.

De acordo com a Polícia Federal, a Operação Segurança Pública S.A. é continuação das operações Gladiador e Hurricane, desencadeadas pelo MPF e pela PF, da quebra de sigilo fiscal de Álvaro Lins e de investigações posteriores. A quadrilha era responsável pelos crimes de facilitação de contrabando, e por não reprimir a atividade de exploração de máquinas caça-níqueis pelo grupo do contraventor Rogério Andrade, além de corrupção ativa e passiva, relativas à atividades da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.

O ex-governador Anthony Garotinho foi denunciado pelo fato de garantir politicamente a manutenção do grupo de Álvaro Lins à frente da Polícia Civil.

Segundo o advogado Rarená Araújo, Álvaro Lins está tranqüilo quanto às acusações.

Confira a lista dos crimes de cada denunciado:

Álvaro Lins dos Santos – lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando e corrupção passiva.

Anthony Willian Garotinho – formação de quadrilha armada.

Ricardo Hallak – lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando e corrupção passiva.

Alcides Campos Sodré Ferreira – corrupção ativa.

Daniel Goulart – formação de quadrilha armada.

Fábio Menezes de Leão, Helio Machado da Conceição e Jorge Luiz Fernandes, os 'inhos de Álvaro Lins' – facilitação de contrabando.

Luiz Carlos dos Santos – formação de quadrilha armada e corrupção ativa.

Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho – lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando e corrupção passiva.

Francis Bullos, sogro de Álvaro Lins – lavagem de dinheiro e formação de quadrilha armada.

Sissy Toledo de Macedo Bullos Lins, Vanda de Oliveira Bullos, Amaelia Lins dos Santos, Maria Canali Bullos e Luciana Gouveia dos Santos – lavagem de dinheiro.

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