Exposição sobre sexualidade quase dobra público do Masp
‘Histórias da Sexualidade’ levou 18.000 visitantes ao museu em dez dias.
Por Da redação
Obra 'Cena de Interior II', de Adriana Varejão, que está exposta no Masp (Reprodução/Facebook)
A controvérsia em torno da exposição Histórias da Sexualidade, que recebeu classificação indicativa de 18 anos pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), parece ter aumentado o interesse do público pela mostra. Segundo a assessoria de imprensa do museu, a exposição recebeu desde sua abertura, em 20 de outubro, até o último domingo, dia 29, 18.000 visitantes. No mesmo período do ano passado, o Masp recebeu cerca de 10.000 visitantes, o que representa um crescimento de 80% na visitação.
A mostra também teve a maior abertura do ano do museu – 1.235 pessoas compareceram à noite de inauguração, em 19 de outubro. Em entrevista a VEJA, o presidente do Masp, Heitor Martins, disse que esperava que a exposição tivesse grande procura. “A exposição foi realizada como planejado, está aberta e, mantidos os números atuais, pode vir a ser a mais visitada e comentada da história do Masp. Será um blockbuster”, afirmou.
A classificação de 18 anos causou controvérsia ao seu anunciada. Crianças e jovens menores de idade não podem visitar a mostra nem se seus pais ou responsáveis os acompanharem ou autorizarem, como determina o Ministério da Justiça. O anúncio da classificação aconteceu após outras performances e exposições terem sido criticadas na internet, como foi o caso da Queermuseu, em Porto Alegre, e da performance La Bête, do artista Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo.
Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, Lilia Schwarcz, curadora-adjunta de histórias do Masp, Pablo León de la Barra, curador-adjunto de arte latino-americana, e Camila Bechelany, curadora assistente, Histórias da Sexualidade conta com mais de 300 obras divididas entre assuntos como nudez, voyeurismo e jogos sexuais. Entre pinturas, desenhos e esculturas, a mostra exibe trabalhos de Henri de Toulouse-Lautrec, Guerrilla Girls e Tunga.
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