Filhos após o divórcio dos pais
Um divórcio é sempre uma tentativa de dar solução a um casamento infeliz. Apesar disso, é um momento difícil na vida dos filhos que nem sempre aceitam bem a proposta. Portanto, dada a intensidade afetiva, o divórcio pode ocasionar desde uma desestruturação emocional até a interferência de sentimentos na vida de um filho. É preciso que os pais tenham em mente que, juntos ou separados, pais continuam pais e mães continuam mães.
A terapia sistêmica nos ensina que os filhos são metade pai e metade mãe e, portanto, quando um fala mal do outro, está invalidando uma parte no filho. Tanto o pai como a mãe são grandes perante a criança, e ela confiará nele mesmo quando ele EXCLUIR o outro genitor. Essa exclusão causará sintomas, doenças, não aceitação de si própria, pois a exclusão é de metade de quem ela própria é. A criança sente-se partida ao meio, dilacerada. Ela está a serviço do sistema familiar, e irá olhar para algo que não está sendo visto. Através do atendimento sistêmico, com a tomada de consciência dos pais, abre-se a possibilidade deles encontrarem novamente o olhar um do outro, liberando a criança dessa luta, tendo ela a certeza que é fruto de amor, sentindo-se acolhida pelo pai e pela mãe. Assim, a solução sistêmica é que afastem os filhos do conflito dos pais, para que eles possam sentir a presença harmônica deles em suas vidas, sem nenhuma exclusão. Dessa forma, o filho poderá seguir sua vida adiante, ainda que com pais divorciados, mas com ambos presentes em sua vida!