Gabeira mostra como está Mariana (MG), dois meses após desastre
Cidade mineira, que possui o segundo maior museu de arte sacra do Brasil e é dependente da mineração, busca diversificar sua economia.
Depois do maior desastre ambiental do Brasil, a cidade de Mariana (MG) foi associada à destruição provocada pelo rompimento da barragem da Samarco. O acidente ocorreu no distrito de Bento Rodrigues, a 25 quilômetros de Mariana. Fernando Gabeira voltou à cidade de Mariana para ver como a cidade está, dois meses após a tragédia.
Com 320 anos de história, mais de 30 igrejas, cachoeiras, artesanato e um dos maiores museus de arte sacra do Brasil, na Catedral da Sé, a cidade de Mariana está intacta, pronta para dar a volta por cima. Fernando Gabeira viajou até Mariana para ver o que ficou de pé e como está a vida após a tragédia nesse início de ano novo. No museu de arte sacra, são restauradas as peças que se perderam no desastre em Bento Rodrigues. Grande parte do acervo é do século XVIII e só existe um artista destacado com espaço próprio: Manoel de Athayde, que nasceu em Mariana e foi parceiro de Aleijadinho. Athayde foi o maior pintor brasileiro do período Colonial e seu trabalho também brilha em Ouro Preto.
O lugar do desastre hoje está deserto. Há movimento de caminhões na estrada, mas o distrito de Bento Rodrigues só é visitado agora por técnicos, arqueólogos, pesquisadores universitários e até cineastas independentes. Com a pressão da Justiça, os desabrigados pelo desastre vivem hoje em Mariana, à espera da reconstrução do distrito de Bento Rodrigues em outro lugar.
O desastre abriu os olhos para novos caminhos. O prefeito de Mariana, Duarte Eustáquio Júnior, afirma que a cidade, que é muito dependente da mineração, está trabalhando para diversificar a economia.
Assista ao programa completo de Fernando Gabeira no GloboNews Play.
Tópicos: