Greve e o direito
É fato que os servidores da Justiça tenhaM aderido ao movimento grevista. Que estão buscando reverter o veto ao PLC 28.
Porém, enquanto a luta da categoria segue o prejuízo de outras categorias se perpetua, numa contradição que fere inclusive princípios como da dignidade. E da celeridade.
Para melhor entender, com a suspensão dos prazos, os processos permanecem inertes, e em consequência há um acúmulo de serviço que permitirá maior lentidão aos serviços prestados pelo judiciário.
Fato que atinge trabalhadores e empresas, pois a Justiça inerte significa acúmulo de processos. A impossibilidade de por fim a demandas, produzindo efeitos negativos gerais ao país.
O Brasil vive um momento de crise, demissões, instabilidade econômica, e a consequência é o aumento das demissões. Que consequentemente tem gerado maior demanda de processos e na condição atual de greve da justiça, maior serão os prejuízos.
Onde estará o equilíbrio do direito aí, estamos vivenciando o momento de buscar estabilidade, mas algumas classes apontam a greve, a instabilidade. Onde poderemos chegar? Quantos investidores ou desempregados estão aguardando respostas do judiciário? E para onde iremos? Será que este é o momento certo para greve?
A greve e o direito, acredito que seja melhor analisar quais são os direitos considerados essenciais à coletividade. Não defendo a repressão aos interesses de classes. Porém, temos que ser realistas e evitar que ocorra a ofensa de um direito durante a manifestação de outro.