JOTA lança robô Rui para monitorar tempo que STF leva para julgar processos
Rui Barbosa dizia que Justiça atrasada ‘não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta’
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são dotados de um poder soberano e praticamente imune de controle social: o poder de manobrar o tempo. Sendo o Supremo um tribunal de estratégias e marcado por individualidades, este controle da inércia ou da ação é usado por cada um dos ministros conforme suas preferências ideológicas, circunstâncias internas e externas (mais ou menos favoráveis à posição que esperam vencedora), avaliações de impactos da decisão (social, econômico, político) ou de acordo com o resultado almejado.
A imprensa e a opinião pública terminam por acompanhar o Supremo em movimento, como se esta fosse a regra. A inércia é mais presente no STF do que o movimento, os processos parados são infinitamente mais numerosos do que os processos julgados. O plenário do Supremo julga, em média, 2,45 processos por sessão e contabiliza 989 processos na pauta, portanto, prontos para serem decididos. Com estatísticas como estas, acompanhar o Supremo por suas inações é tarefa primordial.
Para cobrir as inações do Supremo, o JOTA construiu uma ferramenta para monitorar os principais processos em tramitação no STF. O robô, batizado de Rui, soará um alerta automático via Twitter quando estes processos fizerem aniversário ou completarem períodos específicos sem movimentação. Para acompanhar esse monitoramento, basta seguir o perfil @ruibarbot no Twitter.