Limpar os dejetos do seu próprio cão é cuidar do local em que se vive e praticar o respeito com a coletividade
Estudos realizados pela Comissão para Animais de Companhia (Comac) e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindam) concluíram que 56% dos lares da cidade de Porto Alegre têm animais de estimação.
Desta feita, moradores do bairro Santana, zona leste da capital, cansados de serem ignorados pelos donos de cães, decidiram passar um recado aos próprios animais: "Prezado cachorro, contamos com a sua colaboração, já que não podemos contar com a colaboração do (a) seu (sua) dono (a)!", diz o bilhete.
A ironia foi a arma escolhida pelo síndico de um prédio nas imediações contra o que classifica de falta de bom senso: — Eu tenho cachorro e ele não é um ser racional como nós. O cão não tem culpa, e sim o dono. Foi um ato extremo, um último apelo — afirma Ricardo Portela, 43 anos, técnico de enfermagem e síndico do prédio há quatro anos.
De acordo com o cidadão, foram feitos inúmeros apelos verbais às pessoas que costumam passear com seus cães pela rua, porém, nada surtia efeito. Depois da colocação dos cartazes, os resultados já puderam ser percebidos: — A medida funcionou, acho que as pessoas ficaram com vergonha — diz o síndico. — Desde que eles foram colocados, a situação melhorou bastante. Antes, as plantas (dos canteiros) não sobreviviam. Agora estão bonitas — completa o aposentado Nei Fagundes Machado, 79 anos, morador da região há 25 anos.
A Lei Complementar municipal nº 694/2012, em seu artigo 47 determina que - "O recolhimento de dejetos de animal em logradouros e demais espaços públicos é responsabilidade de seu respectivo guardião ou condutor."
Limpar os dejetos do seu próprio cão é cuidar do local em que se vive e praticar o respeito com a coletividade.
Fonte: ONG Bicho de Rua