Moção de repúdio x Estrito cumprimento do dever legal
Pérolas do legislativo.
Em meio a aberrações como: projeto de lei que torna opcional o uso de cinto de segurança para motoristas e passageiros no perímetro urbano, de autoria do vereador João Madureira (PSC), Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá em Mato Grosso, vem sendo notícia nacional com inúmeros absurdos por parte do legislativo local.
A última delas, foi um pedido feito pelo vereador Pedro Paulo Tolares, Pedrinho do (DEM) ao plenario da câmara para que aprovassem uma moção de repúdio contra ação da guarda municipal Steffany Anjos da Silva que aplicou uma multa ao vereador Edilei Roque de Cezaro, o Neni Chimarrão, do PTC. Por estacionar em local proibido e pasmem, o pedido foi aprovado por 16 votos a favor contra 5 abstenções.
O mais interessante é o motivo do pedido. Diz o vereador pedrinho, autor da "genial ideia" em relação a ação da guarda municipal:
"Ela quer fazer cumprir a lei, os rigores da lei e eu entendo que em alguns momentos tem que ter o diálogo..."
O tal diálogo a que se refere o vereador é o jeitinho brasileiro que também se chama corrupção? E cumprir a lei virou exceção? A regra é descumprir?. Vale ressaltar que atitudes parlamentares como essa devem ser absolutamente repudiadas pela sociedade.
Lembrando que foi lido na Câmara Municipal de Várzea Grande o projeto que altera a lei 3.801/12 e reajusta o salário dos 21 vereadores para R$ 12,6 mil a partir de janeiro de 2017. Atualmente, cada vereador em Várzea Grande recebe R$ 10 mil e mais R$ 9 mil de verba indenizatória.
Este sim é um motivo que merece uma moção de repúdio da sociedade varzeagrandense. Em meio a um País mergulhado na crise por conta da corrupção de parlamentares falar em aumento de salário, quando mais de 14 milhões estão desempregados no Brasil, é motivo de indignação nacional.